Ontem fiquei comovida ao ver a Lia Luft na tevê contando sobre a pergunta feita pela neta:
‘Vovó, de noite as estrelas-do-mar brilham na água?’
Fiquei pensando nessa imagem fabulosa e na capacidade das crianças de serem poéticas assim, sem querer, como quem faz da queda um passo. Como quem faz do assovio, canção.
Como quando a Júlia, meu filhote, com menos de dois anos, anunciou o anoitecer animada, apontando para o céu:
‘Mamãe, a lua acordou!’
***
O que me leva a um post amarelado no fundo da pasta, quase esquecido, resgatado agora pela coincidência ‘lunar’:
Amor e limites
A avó chega para visita semanal repleta de agrados, beijos e chamegos, amor transbordando em bolsas e abraços. Cumpre zelosa e dedicadamente a função de avó, mimando a neta, fazendo-lhe as vontades, ora descarada ora disfarçadamente, como sói acontecer com as avós.
Além de tentar advinhar os desejos e antecipar as querências, a avó também se compraz em apresentar à neta as belezas da vida. Mas nesta agradável empreitada, às vezes esbarra em impossibilidades:
_ Julhinha, olha lá: aquela é a lua!
_ Pega, Vovó, pega!!
Helena Costa
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