Carinho – é quando a gente bota o coração na mão e passa na cara da mãe.
Rapidez – é uma coisa que eu tenho. Quando minha mãe grita ”não faz”, eu já fiz.
Um dos livros mais engraçados, bacanas e inspiradores que li últimos tempos chama-se ”Dicionário do Humor Infantil”, do Pedro Bloch (Ediouro). Reúne pérolas de inteligência, sacação, ingenuidade e poesia perpetradas por crianças. Algumas pessoas conseguem eventualmente entrar nessa freqüência infantil de ver e entender o mundo – como o Arnaldo Antunes, a Adriana Falcão e recentemente a Adriana Calcanhoto. Outras, como o Bloch, têm a sabedoria de recolher e registrar suas falas, que são imbatíveis, insuperáveis e inimitáveis. Quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir, e já reparou nesses mini-super-poderes infantis utilizados para lidar com a vida vai perceber que, embora o autor não cite nomes ou idades e não tenha tido nenhum rigor científico no recolhimento e na adaptação das falas, só crianças poderiam ter dito aquilo, daquela maneira. Eu me diverti e me comovi sinceramente, intensamente. Recomendo dicumforça.
Ah, e de quebra me convenceu, finalmente, a colocar no ar um blogue da Júlia – é, eu também sucumbi ao gênero blogue-exaltação. Além de satisfazer minha imensa corujice, atende alguns apelos por uma versão digital do Notícias da Júlia – famoso e incerto hebdomadário sobre a vida da pessoa minha filha. (Embora, em princípio, não estejam previstas fotos, que eu não acho internet um lugar seguro para crianças). Em Julices e outras estórias haverá sobretudo as tiradas da Júlia e de outras crianças, com o mínimo possível de intervenção minha, para registrar esse maneira tão desconcertante, filosófica e engraçada dos filhotes estarem no mundo. Espero que vocês se divirtam tanto quanto eu.
Helena Costa
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