Os versos mais emocionantes que ouvi nesse carnaval – e que levantaram as arquibancadas da Passarela do Samba:

A carranca na Mangueira vai passar
Minha bandeira tem que respeitar
Ninguém desbanca minha embarcação
Porque o samba é minha oração

Mangueira, Carnaval 2006
“Das águas do Velho Chico, nasce um rio de esperança”,
Henrique Gomes, Gilson Bernini e Cosminho
Helê

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Imperdíveis da semana (passada, mas e daí?)

*Cláudio, o carteiro, e o amor sensorial aos livros. Lindo.
*Denise Arcoverde falando sobre o ego na blogosfera – que, pensando bem, também poderia se chamar Umbigolândia, né não?
*Especialmente para quem leu ‘Grande Sertão’ e pra quem viu ‘Brokeback’, não perca a genial paródia do Serbon.
* A análise precisa e preciosa do ‘Almirante’ sobre bloguicídio.
Nos comentários a esse post fiquei sabendo do babado da semana: ele vai voltar, o biscoito fino promete voltar para a(s) massa(s). Aliás, já voltou. Alvíssaras.
*Alguém talentoso não quer fazer uma paródia de ‘Ronda’ falando das visitas aos blogues? Alguém se habilita? Christian, ainda tens a prática? Tá dada a idéia, se alguém aproveitar, me conta.

Helê

Mas é carnaval…

Eu já recebi hoje dois e-mails desejando um bom carnaval. Não era na despedida, como você fala ”até segunda”; a mensagem era só para desejar um bom carnaval. O que dá a dimensão do que significa o evento pra nós brasileiros, e o quanto esta festa ainda é popular, a despeito de toda a modernização$, do marquetingue e outros menos votados.

Farei minhas (nossas) as palavras da doce Mara, que teve a gentileza de enviá-las:

Se forem beber não dirijam, se dirigirem não bebam. Cuidem bem de seus amores, das pessoas queridas que precisam de vocês. Saiam nos blocos ou Escolas de Samba. Usem camisinha. Façam retiro espiritual. Leiam um bom livro. Tomem sol. Assistam aos filmes do Oscar ou aos DVDs mais queridos. Mas, acima de tudo, divirtam-se! Cada um a sua maneira. Aproveitem o tempo porque ele já é – Carpe Diem, a hora, o minuto, o segundo! Para todos: bom carnaval!

Só um adendo, Mara: se dirigir, não beba – se beber, me chame!

Helê
PS: O Cabôco Postadô continua enconstado, mas eu vou cantar pra ele subir. Ou melhor, sambar pra subir.

Evoé, Momo!

– Alô, comunidade! Chegou a hora!

– Vinha eu para o trabalho, quando surge na minha frente, no metrô, um frade (ou frei, um daqueles com aquelas roupas). Considerei rapidamente a possibilidade de ser uma fantasia, mas o traje era completo e quente, achei que se fosse fantasia ele estaria pelo menos de havaianas. Quando acabei de concluir isso, um segundo frade (ou frei) juntou-se ao primeiro. Aí eu fiquei de olho: mais um e virava um bloco!

– Comme il faut, o modelito de hoje: flores discretas e carnavalescas (?!) no cabelo e minha camisa rosa, com colarinho verde e a inscrição ”Mussum forevis” sob a foto do mesmo. Trabalhando, mas sem perder la candência jamás.

– Os versos mais belos que eu ouvi nesse carnaval são do samba da Mocidade Independente de Padre Miguel (eu não ouvi todos, mas isso não vem ao caso). Além de ser uma declaração de amor derramada, possui uma melodia linda e elegante, e qualquer um gostaria de dizer o mesmo de sua escola:

”A vida que pedi a Deus
A Mocidade me proporcionou”

Helê
PS: Gente, eu amei o Cabôco Comentadô que baixou por aqui!

Sem querer criar polêmica, mas já criando, estava lendo o Globo Online e vi a seguinte pesquisa:

Por que o desempenho do presidente Lula melhorou nas pesquisas?
Ele está fazendo um bom governo: 41%
O povo tem memória curta: 32%
Não há candidato definido pela oposição: 10%
A crise política afetou mais o Congresso do que o governo: 10%
Ele tem inaugurado muitas obras e aparecido muito na televisão: 7%

Sei lá, essas pesquisas de sites são pouco confiáveis, mas fiquei pensando que se quase a metade dos leitores do Globo acham que o Lula está fazendo um bom governo, então vai ver que o papel da imprensa na formação da opinião pública é mesmo bem menos importante do que a gente pensa.

-Monix-

12:51 P

O nosso carnaval inesquecível

Ontem as Fridas tiveram um blog dinner, comemorando nossameia página de fama (mais oui, nós também semos pheeeeenas), e entre babados e fuxicos, descobrimos que temos em comum outro carnaval inesquecível: 1988, Kizomba a Festa da Raça. No ano do centenário da abolição, quando várias escolas escolheram o mesmo tema, a Vila Isabel conquistou o campeonato com o desfile que foi, para nós, o mais original e impactante da era moderna (entendam por “era moderna” o período a partir de 1984, quando a Passarela do Samba foi inaugurada e nós duas já tínhamos idade pra assistir e entender). Em lados diferentes e distantes da cidades, em pontas opostas do túnel, tanto una quanto la otra assistia pela tv. Sozinhas, emocionadas, com os olhos marejados, testemunhamos o desfile de uma escola que nem era nossa, mas conquistou o direito de receber nossa torcida e nosso respeito.

Las Dos Fridas

PS – Como esse carnaval foi na era do gelo – antes da internet – não foi possível encontrar, na rede, fotos desse desfile histórico. Se alguém tiver, manda pra gente, o e-mail está aí na coluna da direita.

11:24 AM

Assim caminha a imprensa

Serjones: “83% dos jornalistas brasileiros que trabalham em redação declaram: os assessores de imprensa ajudam muito mais do que atrapalham. 42% acham que eles ajudam muito o trabalho da redação. A pesquisa é da ABERJE e ouviu 405 jornalistas. Se liga, leitor. As assessorias de imprensa plantam, os jornalistas publicam e você engole.”

***

Marina W: “Talvez os colunistas de jornal tenham inveja da gente porque não temos chefe, censura, linha editorial, obrigação de escrever, nada. Porque eu posso entrar lá e escrever espinafre. E tudo bem, porque é um espaço onde posso falar qualquer coisa que eu estiver a fim. E acho que a gente tem um pouco de inveja deles porque eles recebem.”

Sábias palavras.

-Monix-

Ah, o Rio…

No sábado fomos atrás de um bloco infantil, o Gigantes da Lira – uma tradição mothern carioca, por assim dizer. Depois de 10 minutos no local achamos que havia algo de errado, porque ainda não encontráramos nenhum conhecido. Não marcamos com ninguém, mas isso é absolutamente desnecessário: no Rio, em qualquer evento você sempre encontra pelo menos um par de conhecidos. Inexplicavelemente, quanto maior o babado maiores as chances de encontrá-los. Pode ser no carnaval, em clássico no Maracanã, show dos Roling Stones, praia lotada, o que for. E o detalhe é que as pessoas com quais você encontra não são, necessariamente, frequentadores daquele pedaço da praia, fãs daquela banda ou torcedores daqueles times.

No sábado, por exemplo, eu não encontrei nenhuma mothern carioca (que pena, Fer !), mas logo depois de reclamar encontrei com uma amiga… que mora em Brasília. Mais dois passos e reencontro outra amiga que não vejo há anos – que não tem filhos e está morando na divisa com Minas Gerais – tava ali só dando pinta, como ela gosta de dizer. Avistei duas conhecidas que moravam em Madureira, do outro lado da cidade… E isso, como eu disse, é típico e louco, porque o Rio, afinal, não é Joinville, tem mais de 10 milhões de habitantes! Vá entender!
***
Imagina a cena: fim de tarde de verão, Rio, bloco sem carro de som (aleluia!), bairro das Laranjeiras, crianças fantasiadas, clima de paz&amor total, nenhum rascunho de tumulto e uma pequena multidão entoando ”Carinhoso”. Comovente.

***
Falando do Rio, a trilha sonora do meu verão, até aqui tem Jack Johnson (uhu! eu gosto de algo contemporâneo!) e o delicioso cd ”Letra e Música” do Lulu Santos. Além do revival ‘Popstar’, tem ‘Vale de lágrimas’, que eu adoro e só consigo cantar bem alto e uma bela declaração à Maravilhosa com os singelos versos:

”E te devolvo em respeito o que me dás em alegria
Rio, sou a sua cria”
(Zerodoisum)

Helê, com o Cabôco Postadô

Balzaca

Este ano completo 36 anos (ainda faltam alguns meses), ou seja, segundo o axioma de Sally, agora são quase 40. Como disse uma amiga, ao completar quatro décadas: “aos 30, a gente ainda pensa que tem 20. Mas aos 40, a gente sabe muito bem que não tem 30.” Ou seja, é muito melhor. Sou balzaca mas sou feliz, mais velho é quem me diz. Lalalala.

Monix, em dúvida, meio velhota, meio debilóide

Juju e a febre.

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