– Li que as Megeras vão fechar o blogue. A se confirmar o anúncio, vou sentir muita falta delas, que me garantiam gargalhadas homéricas, às vezes de manhã bem cedo, junto com o café. Às vezes algumas lagriminhas furtivas, de emoção e identidade. Mas confesso que fiquei menos chocada ou sentida do que em outras despedidas. Talvez porque elas tenham cumprido o ciclo; talvez eu esteja me acostumando a despedidas blogueiras… Ou quem sabe eu alimente a esperança do Almirante estar correto quando diz que não existe ex-blogueiro. De todo modo, meu obrigado público, em alto e bom som, pra Ticcia e Ro, por tudo de bacana que escreveram, pelo tanto que me emocionaram e divertiram. Porque, como eu já disse aqui, respeito muito minhas lágrimas, mas ainda mais minha risada.
– Confirmando a teoria do Nelson, o glorioso Idelber (que um dia ainda me conta da onde vem esse nome… ímpar) escreveu um texto muito bacanana segunda-feira, que originou a uma interessante discussão nos comentários blogue. Fala sobre um autor austríaco que está sendo perseguido por coisas que ele não disse, mas que foram publicadas na revista Nouvel Observateur. Eu não conheço o referido escritor, nem domino todas as variáveis da história, mas isso não é o mais importante, e sim o debate sobre os limites entre crítica e censura, o poder da mídia, os perigos das fontes secundárias, uma série de questões. Vale a pena.
– E falando em retorno, eu não podia deixar de celebrar aqui a volta da querida Beth Salgueiro e seu instigante, antenado, bem humorado Tudo Pode Acontecer. A notícia não é nova, mas alvissareira e digna de registro. Sê bem-vinda, Beth, seu lugar tava guardado, sempre estará.
– Engraçado como às vezes a gente escreve uma coisa e os comentários vão numa outra direção. No post sobre os preparativos pra Copa, eu falava sobre as pessoas terem um discurso oposto à prática: falam em desânimo e descaso quando tudo o que se vê é empolgação. Pareceu-me um exemplo dessa mania brasileira de falar mal de si mesmo. Mas os comentários acabaram girando em torno do excesso e do ufanismo ditatorial e mercadológico do evento. Ótimo, mais possibilidades, ângulos e abordagens de um mesmo tema – reside aí uma das riquezas e delícias de manter um blogue.
Helê
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