Como é que chama?


Lingüistas, tradutores, escritores diletantes, leitores: alguém aí pode me ajudar? Desde que eu comecei nessa vida digital me faz falta uma palavra que seja o oposto exato para ‘decepção’. Nada mais exato para definir a tristeza por uma expectativa frustrada, não é? Mas como expressar o contentamento e da alegria ao confirmar tudo que a gente esperava que fosse?

Tenho pensado sobre isso desde que comecei a encontrar ao vivo pessoas que conheci na internet. Foi assim, por exemplo, com a Dani, com o  e foi assim novamente na semana passada, quando encontrei a Beth Salgueiro no Skype. Digo ‘encontrei’ porque digitei o nome dela entre os contatos meio sem querer, assim ”só pra ver ser tem”. E tinha uma Beth Salgueiro, mas nem dava pra saber se era ela. Logo depois ela ”me chamou”, e após me refazer da surpresa e me entender com o equipamento, conseguimos conversar.

Ela falou primeiro com a Júlia, minha filha, com toda meiguice e interesse de uma supervó de três meninas (por enquanto). Depois papeamos por algum tempo, e a conversa fluiu natural e familiar como se tivéssemos retomado uma ligação interrompida na véspera por causa de uma panela no fogo… Aproveitei para dizer a ela, ”de viva voz”, da minha felicidade por ela ter retomado o blogue – o que nos levou a falar sobre a morte do Ivan. Pois essa mulher que, em suas próprias palavras, ”perdeu o amor da sua vida”, me disse coisas lindas sobre estar aberto pra receber as boas energias que nos enviam, sobre o rumo inexorável da vida – que vai presenteá-la com mais duas netas, neste ano! – e fez até graça com sua futura mudança de casa. Eu, que gostaria de dizer algo motivador, fiquei emocionada com (e motivada pela) a força dessa mulher e a sua recusa a sofrer mais do que o inevitável. E tudo isso com uma voz meia e amiga, ainda com um delicioso sotaque pernambucano.

Fiquei muito feliz com o papo; depois dele parecia que eu tinha ganhado um presente. E fiquei novamente a pensar em como nomear essa alegria de casar expectativa com constatação. E de perceber não apenas que aquela pessoa é como você imaginava, mas que a sintonia entre vocês também.

Prazer falar com você, Beth. A gente vai se chegando cada vez mais, juntado pra perto o que já está dentro.


Helê

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