Depois das notícias terríveis sobre a guerra e as cenas lamentáveis de ontem no jogo entre Grêmio e Inter, eu tive um acesso de Pollyana e quis mostrar aqui a notícia que O Globo deu na sexta-feira. Depois dessas duas que mi sócia postou então, decidi publicar esta história carioca, como uma espécie de antítodo bem-humorado. Fiquei feliz com o acontecido e com o fato de ainda haver espaço no jornal para esse tipo de notícia:
O EXEMPLO DA TORCIDA DO BEM – 28/07/2006
Dentista vascaíno se rende ao fair play do taxista rubro-negro
Ainda há torcedor do bem, que pode ser visto em todos os cantos da cidade com a camisa do seu clube após grandes vitórias e conquistas. A história contada pelo dentista Américo Soeiro, maranhense de nascimento e vascaíno de coração, prova isso e mostra que a violência não é das torcidas, mas de grupos que se infiltram nas arquibancadas para instaurar a desordem.
Américo mora em Ipanema e seu consultório fica no Leblon. Seu lar é constituído por vascaínos roxos. Como a vantagem do Flamengo era grande, todos ficaram em casa.
– Eu, por exemplo, decidi assistir pela tevê à partida São Paulo x Chivas (jogo em Guadalajara, pela Copa Libertadores). Não queria sofrer. Claro que mudei o canal.
Ontem, por acaso, Américo resolveu ir de táxi ao consultório.
– Só que o motorista vestia a camisa rubro-negra. Quase desisti…
E o que aconteceu?
– Disse a ele: amigo, sabe que pode ter passageiro que prefira um táxi sem que o motorista esteja com esta camisa?
O motorista respondeu-lhe:
– Ué, por quê?
O dentista respondeu:
– Eu, por exemplo, sou vascaíno.
O piloto gargalhou e prometeu:
– Ah é? Então o senhor não vai pagar nada. Vai viajar de graça. Seu time me proporcionou uma alegria enorme.
Os dois riram, apertaram as mãos e o táxi seguiu com os cordiais ”inimigos”.
Jornal: O GLOBO Editoria: Esportes Edição: 1 Página: 39 Primeiro Caderno
Helê
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