Março 29, 2007

A pergunta é boa: que música está tocando na sua rádio cabeça, agora, neste minuto?
Na minha: Let the River Run, da Carly Simon. Porque o dial mental tem razões que a própria razão desconhece.

-Monix-

A máquina eleitoral

Março 27, 2007



Certa vez, meu ex-marido (na época em que era atual, enfim, vocês entenderam) encontrou, num restaurante, com oengenheiro Leonel Brizola. (Considerem que esse encontro se deu antes do Brizola passar desta para a melhor – não foi um encontro sobrenatural). Com a cara de pau que Deus lhe deu, foi cumprimentar o ex-governador, que, aproveitando a platéia formada pelo grupo que o acompanhava (ao meu ex-marido), disse: ando muito preocupado com a máquina eleitoral. Todos concordaram, muito graves, pensando nas tramas políticas e no esquema que todos conhecemos de troca de votos por favores ou badulaques, mal que assola o país desde que o primeiro português ofereceu o primeiro espelho ao primeiro índio. Mas não era a essa máquina eleitoral que o engenheiro se referia. Ele estava falando literalmente da “máquina eleitoral”, também conhecida como urna eletrônica, que na época começava a ser implementada em alguns distritos eleitorais em caráter experimental.
Eu, que nunca fui brizolista, ao ouvir essa história realmente tive que admitir que Brizola tinha razão. De fato, o princípio básico da confiabilidade num sistema eleitoral é a possibilidade de recontagem de votos, como o próprio Brizola aprendeu da pior forma. E a urna eletrônica elimina essa possibilidade.
Nem vou falar de outras questões que de lá para cá me ocorreram, tão graves quanto essa. Por exemplo, o alto índice de “analfabetismo tecnológico” da população brasileira, e não me refiro apenas aos grotões, sertões e valões.
O fato é que desde então nunca me conformei com esse discurso que pressupõe a confiabilidade das urnas eletrônicas, como um dado inquestionável. E o pior: toda vez que tocava no assunto, era massacrada, como se fosse um retrógrada que não aceita o progresso (logo eu, com todo meu ascendente Aquário em franca ebulição).
Agora, finalmente, parece que o assunto está sendo discutidocom o grau de questionamento que merece. Não digo que o método é ruim – sim, eu me lembro da complicação que era a apuração dos votos em papel, já fui mesária e sei dos problemas, das filas, etc e tal. Só acho que não dá para resolver um problema criando outro. E, cá entre nós, esse argumento de que a única eleição do mundo totalmente informatizada é a nossa, como se isso fosse motivo de orgulho, sei não… Se o mundo inteiro faz diferente, isso significa que o mundo inteiro está errado e só a Justiça eleitoral brasileira está certa? Com todo o respeito, sei não.

-Monix-

Em tempo: não conheço o deputado em questão, não sei se é sério, que interesses o movem. Mas acho a discussão válida, de toda forma.

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A pessoa está irremediavelmente velha quando…

Março 26, 2007



…joelhos e cotovelos passam a exigir atenção prioritária ao passar creme hidrantante pela manhã.

-Monix-

Março 25, 2007

Meu amigo de fé e irmão camarada agora tem um blog profissa sobre música e outras coisas que fazem barulho.
O cara sabe do que tá falando, podem acreditar.

-Monix-

12:57 PM

Março 25, 2007

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Volto já

Março 22, 2007



Então tá, vou ali e já volto.
Comportem-se.
Ou não.

Fiquem com mestre Lenine.
Helê, entrando no clima…

Março 22, 2007

O vídeo é uma produção dos criativos Pedro Feyer e Rynaldo Gondim, e as Fridas assinam embaixo.

Las Duas

Março 21, 2007

Ô, Sócia, olha aqui: tem feijão no meu dente? Remela no meu olho? Peguei o talher errado? Tô com a mão amarela? Cadê esse povo que não comenta?

Helê

Terça-feira, Março 20, 2007


Mas essa tal de blogosfera é mesmo muito sensacional, viu? Em tempo recorde, eis que a verdade sobre a lenda urbana apareceu! (A não ser que mais tarde se descubra que a verdade é que é a verdadeira lenda urbana, mas isso já é a viagem dentro da viagem, deixa pra lá.) Agradeço à Ana B., que deixou a dica lá no badaladíssimo Livro de Visitas da Fal.

-Monix-

Em tempo: o post em questão é aquele sobre o suposto poema do Victor Hugo musicado pelo Frejat, logo aí embaixo.

Março 20, 2007


Um dos argumentos dos que são contrários às cotas é sempre pela dificuldade que existe em reconhecer quem é negro ou não no país. Só o Brasil tem essa dificuldade. E a dificuldade só aparece quando é para se transformar em alguma vantagem. Na hora de ser desvantagem não há problemas. Quem anda de trem? Quem está no subemprego? Quem mora nos subúrbios? Quem está nas cadeias? Há dúvidas? Parece-me que não. Mas há dúvidas sobre quem é negro pra entrar nas universidades pelas cotas. Estranho não? Sugiro que se chamem os jornalistas que estão cobrindo a F1 e a costureira de Niterói para, juntamente com policiais, bombeiros e proprietários de imóveis que os alugam direto, sem imobiliária, ah, sim, e taxistas, principalmente os que circulam à noite, para formarem a Comissão Suprema de Classificação Étnico-Racial Brasileira.

Márcio Alexandre Gualberto, no Palavra Sinistra

Eu faria uns reparos aqui e ali no artigo do meu amigo Márcio, mas esse trecho é sensacional. A Comissão Suprema de Classificação Étnico-Racial Brasileira não pode prescindir de porteiros de variados matizes, seguranças e garçons, outro profissionais que, independente de sua própria cor, fazem uma distinção clara (ôps!) entre negros e brancos, sem hesitação ou consulta à bibliografia.
Esquecemos de alguma categoria profissional, gente?

Helê

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