Eu já contei aqui que esse tipo de seleção transforma-se num sofrimento pra mim, tamanhas são as possibilidades e variáveis a considerar (é que às vezes levo as coisas a sério demais, fazer o quê?).
Então sempre é necessário lembrar que esta lista está sujeita a alterações, a qualquer hora, nos próximos 50 anos.
Eu sei que vou te amar, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes (a gravação de Caetano Veloso)
Caetano dá suavidade e doçura a essa declaração que se projeta para o futuro, prevendo tristes despedidas e retornos salvadores.
Anos Dourados, Tom Jobim e Chico Buarque
Nostalgia, recuerdos, a foto no porta-retrato da memória: aqui o amor mira (e suspira pelo) o passado. Eles têm razão: é desconcertante rever um grande amor. Sempre.
Drão, Gilberto Gil
Uma aparente contradição equacionada pela genialidade de Gil: uma das mais belas canções de amor já escritas, embora o tema seja uma separação.
Dueto, Chico Buarque
Encanta-me o humor, a reversão de expectativa: tem uma primeira parte totalmente romântica, em que o amor é previsto, revisto e anunciado por todos os oráculos possíveis. Mas independe deles para se manter e reafirma-se, mandando todos às favas.
Por você, Roberto Frejat
Porque é uma declaração feita de singelezas, pequenos e grandes gestos. E porque promete o improvável (mas não impossível): desejar todos os dias a mesma pessoa.
In my life, Beatles
Uma declaração de amor absoluta, definitiva. Uma canção eterna.
For once in my life (com Stevie Wonder)
Essa é uma das poucas canções de amor selecionadas que dançante e alegre (ainda que as outras não sejam propriamente tristes). E por isso ela foi escolhida, pela a vontade que ela desperta em mim de sair dançando e cantando bem alto por aí quando a ouço.
The way you look tonight, Frank Sinatra
Amor & Glamour, claro. Vestidos farfalhantes, salões de bailes, Hollywood anos 50, Sinatra cantando – Oh, céus, eu juro que estive lá!
Everything’s gonna be all right, Tuck and Patti
Bela música, simples e apaixonada, com irresistível cheirinho de cotidiano.
Stars, Simply Red
Arrebatada e arrebatadora, é uma canção maravilhosa com toda a roupagem que a emoldura mas igualmente bela quando despida de tudo isso e cantada apenas com voz e piano, numa versão back to basics.
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Helê
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