I Love My Inbox/Outbox

Renata disse:

gente, que sol maravilhoso. boa sexta pra vcs.

 

Ana Paula disse:

Sol às 11 hs da manhã, na hora que vc escreveu, né?

O tempo já virou por aí também? Aqui o vento tá um açoite e o céu já tá pretinho!

 

Monix disse:

nuvens negras se aproximam. o horizonte está sombrio. acho que o mundo vai acabar. foi bom conhecer vocês. ade

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Grandes cenas musicais em filmes não-musicais

A idéia é do Rosebund é o trenó, que a gente gostou e copiou:

Mark Rufallo dançando Thriller em “De repente 30”. Eu me apaixonei pelo Rufallo neste filme para sempre. Sim, é mais uma comédia romântica bobinha  – ó redundânica! – mas talvez por isso mesmo um excelente comfort movie.

– O Casamento do meu melhor amigo: a cena em que o amigo gay da Julia Robert canta “I say a little prayer“. Memorável, impagável e adorável, como deve ser boa cena musical.

– A cena do teclado já um um clássico pop, com Tom Hanks ainda garoto dançando com Robert Loggia em Quero ser grande.

– Curtindo a vida adoidado: quem tem maisde 30 anos não consegue deixar de fora a cena de Ferris Bueller dançando “Twist and shout” na rua naquela que á mais espetacular matada de aula da história da adolescência ocidental, hahahaha.

– Pra ser muito sincera, eu lembro vagamente da cena, mas a canção não deixa a Rádio Cabeça desde que vi “A cor púrpura”: chama-se Miss Celie’s Blues.

– Simplesmente amor: eu considero a canção, All you need is love,  um daqueles clássicos dos clássicos. Não podia ser diferente nessa cena de casamento de um filme que é uma saborosa colcha de retalhos, também confortável e acolhedor.

– Ao invés de citar a cena em que Marty McFly toca Johnny B. Good em DE VOLTA PARA O FUTURO – que eu adoro mas o Rosebud já lembrou – , vou escolher a apresentação da turma em “Escola de rock“, do sensacional Jack Black. O que pensando bem, pode ser uma evolução daquela cena, quarenta anos depois, não?

Helê

O jantar chinês

Ontem tive uma experiência gastronômica que foi quase cinematográfica.

O restaurante, Mr. Lam, foi inaugurado pelo Eike Batista, o homem mais rico do Brasil. Nas horas vagas entre um empreendimento bilionário e outro, ele resolveu trazer seu ‘chef’ de estimação de NY até o Rio:

“Certa vez, em Nova York, Mr. Lam ficou intrigado com a repetida quantidade de ‘Chicken Satay’ que ia para mesa de um cliente e quis conhecê-lo. Foi o seu primeiro contato com o empresário Eike Batista: ‘Ele faz a melhor comida do mundo’, resume Eike que, há tempos, sonhava em trazer Mr.Lam para o Rio. As conversas começaram há alguns anos, mas só foram adiante depois de uma visita do chef à cidade: ‘Só daria certo se ele gostasse daqui’, conta Eike.”

O Mr. Lam foi construído na beira da Lagoa e é lindo de ver já pelo lado de fora: um quadrado quase mágico, todo iluminado, com vermelhos e amarelos se mostrando para quem passa. O ambiente é super luxuoso mas com elegância, sem exageros. Lá dentro tem dois guerreiros de terracota, peças de colecionador.

O bom desses restaurantes chiques é que os garçons são invisíveis. Aí, de repente, quando você começa a pensar em precisar deles, zupt! eis que se materializa um do seu lado, com a garrafa de água já enchendo seu copo meio vazio.

Pedimos o menu degustação+Crispy Duck. Era assim: primeiro quatro entradas, depois um prato à escolha e finalmente o pato crocante, para encerrar. Tudo para  ser comido à moda oriental, ou seja, muitas vezes com as mãos e sempre lentamente, calmamente, saboreando cada pedacinho tanto quanto cada momento da refeição.

As entradas:

“Sqwab
Uma das mais tradicionais criações de Mr. Lam, que há 40 anos surpreende seus clientes com esse prato. Você mesmo faz seus enroladinhos com cubos de frango finamente cortados e temperados, alface e molho escuro de Mr. Lam”


O garçom traz à mesa folhas de alface americana, um molho tipo teryaki, um franguinho cortado em pedaços mínimos, quase moído, com um tempero delicioso. Aí vem junto o…

“Gambie
Verdinhas, crocantes, sequinhas e acompanhadas de castanhas de caju doces e apimentadas”

Essa é uma couve fininha, frita no óleo, bem crocante (não é como a couve mineira refogada não, é tipo um chips de couve, só que em formato de batata palha). E as castanhas de caju são um caso à parte: tem gosto doce e picante ao mesmo tempo. Aí o garçom ensina a fazer o rolinho: uma folha de alface no prato. Um bocadinho de frango, um pouquinho de couve. E o molho por cima. Enrola e come, com as mãos. É de chorar de bom.

Mas não pensem que acabou, ainda tem mais duas entradas.

“Satay de Frango
Tradicionais “espetinhos” orientais de frango acompanhados do secretíssimo molho de Mr. Lam”

Esse é o tal que o Eike Batista pedia sem parar e chamou a atenção do Mr. Lam. Não é à toa. Se eu fosse bilionária também ia querer contratar o cozinheiro pra fazer isso pra mim todos os dias. O molho secretíssimo consiste em creme de leite misturado com pasta de amendoim (lembrei da Danicá!). Isso por cima do frango levemente apimentado é dos deuses. Não dá nem pra descrever de tão bom.

E pra arrematar as entradas, dois rolinhos primavera, coitadinhos, deliciosos mas ligeiramente ofuscados por essa orgia gastronômica – que, aliás, estava apenas começando.

Prato principal:

“Mr. Batista’s Prawns
Camarões com molho agridoce transparente de nove especiarias, levemente picante”

O molho agridoce na verdade é um empanado meio picante, delicioso. E a cobertura do empanado é transparente mesmo, quer dizer, além de gostoso o camarão é lindo. O acompanhamento é arroz colorido (que também vem com camarões, ainda que um pouco menores) e uma vagem francesa – aquela redondinha – super crocante.

Finalmente:

“Crispy Duck
Meio pato crocante servido com cebolinhas verdes e pepinos finamente fatiados, panquequinhas e molho. Faça você mesmo seus cones, para se deliciar com as mãos mesmo.”

Isso é uma comida divertida. É assim: vêm os garçons mostrando o pato preparado inteiro (quer dizer, o meio pato inteiro… vocês entenderam, né?). Aí eles avisam que vão desfiar o pato e já trazem de volta. Então eles mostram como fazer. Vem uma travessa de bambu coberta que se abre e revela uma pilha de pequenas panquecas cozidas no vapor. O garçom puxa uma panqueca finíssima com os hashis e põe no prato. No meio, um fiapo de molho escuro. Depois, as tirinhas de alho-poró e pepino que vêm numa travessinha à parte. Por fim, o pato desfiado. Enrola e come. Daí em diante, é por nossa conta. A verdade é que não dava mais para comer nada, mas ainda ficamos horas e horas enrolando panquequinhas e comendo mais pato.

Se algum dia eu voltar lá, nem precisa ser esse menu degustação completo, podemos pedir o simples. Ou não. Podemos ir num grupo de quatro e pedir o pato laqueado. ;-)

Sobremesa: (ou vocês pensaram que íamos dispensar?)

“Mahjong de abacaxi
Abacaxi caramelizado a fogo e Tai Chi de caldas”

Eu nem vou tentar explicar isso. Vejam que coisa linda:

No final do jantar apareceu um dos cozinheiros, com chapéu de mestre-cuca e tudo, fazendo um tipo de malabarismo com uma massa nas mãos. Parecia mágica, com direito a uma mocinha assistente. De repente, começamos a olhar com mais atenção e notamos que a massa nas mãos do homem ia se fracionando em tiras, cada vez mais finas, sem que ele usasse nenhum tipo de faca ou molde! A cada virada, mais tirinhas! Até formar um incrível macarrão chinês.

Parecia um espetáculo de ilusionsimo, mas era culinária. Não é à toa que a abertura das Olimpíadas foi aquela coisa de louco, os caras treinam há milênios e em todas as áreas do conhecimento humano. ;-)

Da próxima vez que vier ao Rio a Madame não pode perder.

-Monix-

O quê

Eu não sou uma pessoa-bichos, nem mesmo uma pessoa-plantas. Tudo bem, uma flor bonita tem o seu valor, um gatinho fofo também é bonito de se ver. Mas o que eu gosto mesmo é de gente.

-Monix-

E você?

O que você tentaria fazer se soubesse que não iria falhar? (numa tradução livríssima ;-) )

Helê

Imensas alegrias e alguns copos de leite

A Literatura Brasileira, assim, em maiúsculas, agora vai saber o que a gente já sabe há anos. Que tudo o que a Fal escreve é uma delícia. Que ela conta de um jeitinho todo especial histórias que falam das dores da alma – no caso deste livro, da Alma. A Ana Paula disse muito bem: eu nunca passei por nenhum situação sequer semelhante às histórias que são contadas no livro, mas me identifiquei de uma maneira estranha com a personagem. Comprei o livro no sábado à tarde e à noite, estava terminado. Li de uma sentada só. Agora é esperar o lançamento aqui no Rio, dia 9 de outubro, para autografar meu exemplar. Ou, se você estiver em São Paulo, correr para afofar a Fal no dia 2 de setembro.

***

Agora me digam se não tem algo de comovente na poesia involuntária de um livro que é lançado no Café Fazenda, que fica na rua Gaivotas, esquina com a rua Bem-te-Vi, e que depois tem noite de autógrafos na Livraria Prefácio

-Monix-

Dois

Roteiro afetivo em 24 meses: uma flor feita de guardanapos, um almoço no Tarantino, o final de Alta Fidelidade, V de Vingança, seu alter-ego, o filme dos churros, a pizza da Eccellenza, eu rindo à toa, (seus amigos+meus amigos=dois planetas), um sorriso que só eu sei, te ver quase todos os dias, Watchmen, orientações e instruções, doces e balas, ir aonde eu nunca fui, Andrew W.K., meu filho, seus sobrinhos, os presentes mais bem escolhidos, a festa da firma, a Alma Imoral, noites de sexta no Arteplex, Romário no Maracanã, crepes no Blé Noir, o rodízio do Ebisu, o curso da minha mãe, os shows da sua mãe, risadas com Seinfeld, seus bichos, pequenas declarações sussurradas, beisebol na Cidade do Rock, as regras do futebol americano, carro enguiçado na estrada, pizza no Zona Sul, DVDs nos fins de semana, breves telefonemas noturnos, minhas barbeiragens e a sua irritação, a babaganuj e o pão árabe quentinho do Amir, comidinhas do Juice&Co, mãos dadas em Buenos Aires, meu prazer de cozinhar para você, você cuidando de mim, Titus Pullo, The Police no Maracanã, um reveillón na minha varanda, compreensão além das palavras, os temakis do Koni, conhecer melhor cada sebo dessa cidade, te mostrar “meus” filmes, ver os “seus”, fondue de carne com batata rostie, os super-heróis e as divas, na saúde e na doença, poucos planos e o que mais vier pela frente.

-Monix-

Recado para la Otra

Monix: eu vi Nunca te vi, sempre te amei (84 Charing Cross Road ), comovi-me bastante e acho que há algum sentido em ter esperado 21anos para ver esse filme. Porque eu, como você, leio sinais, mesmo os ininteligíveis, e não consigo crer que tenha sido por acaso que logo você, minha sócia nesse escrever para fora e para outros, recebendo comentários e presentes de “desconhecidos” tão próximos quanto queridos… não, não pode ser coincidência que, de certa forma, você tenha me contado essa história. Talvez eu esteja viajando muitíssimo, mas encontrei similaridade entre aquela história e a nossa lida aqui. Pensei na cachaça que a Meg mandou pra mim, na bolsa que a Beth te deu, na canção que enviei certa vez para o Adriano, e tantas pessoas para quem demos e recebemos e sequer pudemos ver, mas que encontramos através das palavras e da disposição para o encontro, talvez a principal força motriz da blogosfera.

Obrigada, Só. Pelo conjunto da obra.

Helê

Dom Diego cumple años!

É segunda-feira, é dia do soldado, mas ainda resta uma razão pra sorrir: hoje é aniversário do Luciano, ora bolas!

Então, pra celebrar, um instantâneo de felicidade – dá pra sacar o cenário, néam? Praia, cerveja, férias, filho feliz, aquela vida que a gente pede a Deus e o Danado faz que não ouve? Pois é, Amor, que vc tenha muitos momentos como esse!

E vcs apreveitem a caixa de comentários para os parabéns e felicitações que ele mereçe.

Frida Helê

Faro pra naftalina 2, a missão

Sim, eu tenho faro pra música velha, já conclui. Sou, afinal, uma pessoa do século passado, não há como negar. Eu juro que não procuro, e às vezes acontece realmente sem querer. Uma dessas vezes eu contei no endereço antigo, quando descobri Blind Faith e ‘Can’t find my way home‘. Agora aconteceu de novo: eu estava revendo Prime – conhecido aqui pelo ridículo título de ‘Terapia do amor‘ – e reparei na canção  da cena final. Só desta vez botei reparo na letra sobre a impossibilidade da relação apesar do amor,  dolorida e generosa, de alguém que mesmo ‘with a broken heart‘ deseja o melhor para o outro, deixando-o livre. Lindo, lindo, uma melodia igualmente tocante.  Aí vim pra rede: google daqui, wiki dali, um youtube de lá e descubro que aquela  voz mansa é de uma cantora de 20 poucos anos, Rachel Yamagata. Mas a música, I wish you love,  foi gravada a primeira vez em 1957, e é a versão de uma canção francesa, Que reste-t-il de nos amours?, gravada em 1942 – que aliás, tem uma belissíma versão na voz do João Gilberto.

Agora me diz, tenho ou não tenho faro pra música antiga? (Mesmo sabendo que nada mais atemporal que música, e que o que é bom sempre volta).

I Wish you Love – Rachael Yamagata

Helê

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