Antes de narrar o momento propriamente, é necessário apresentar o contexto, estranho aos não-cariocas e/ou aos que não têm filhos idade pra entrar na escola. Aqui no Rio existem três escolas públicas muito boas: o Pedro II e os colégios de aplicação, da Uerj e da UFRJ. Todos parecem ser bem colocados no tal Enem, têm boa estrutura, currículo e bons professores, e são gratuitas. Por aí vocês podem imaginar o que envolve a disputa por vagas. Para admissão na antiga 6ª série há provas que são verdadeiros vestibulinhos. Para o ingresso no 1º ano, o antigo curso de alfabetização, na impossibilidade de um teste sobre massinha II ou fundamentos do desenho a dedo, são realizados sorteios. Pelo que ouvi, o do Cap Uerj, reazlidado ontem, tinha cerca de 2 mil concorrentes para 30 vagas.
Pois eu estava lá, num teatro lotado de pais ansiosos, beirando a histeria. Então uma menina foi sorteada e o representante dela foi chamado. Minutos depois foi anunciado que, conforme o edital, aquele não poderia ser o representante da candidata, por ser menor de idade. Para minha surpresa, várias pessoas da platéria levantaram, imediatamente, prontificando-se a representarem a menina, já que o edital dizia que poderia ser qualquer pessoa maior de idade. Um gesto muito nobre, considerando que a eliminação da menina abriria uma vaga para o filho ou filha daquelas pessoas. Depois da consulta à auditoria jurídica, foi aceito um novo representante, e todo o teatro aplaudiu a decisão.
Nessas horas eu me comovo e acredito na humanidade.
Depois eu volto ao normal.
Helê
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Muito bonita a atitude daquelas pessoas. Comovente!!
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Lindo isso. Também me emocionei. Beijo.
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Ai, Helê, que legal. Eu também acredito. Às vzs a gente se ferra, mas acho que na maioria das vezes o saldo é positivo.
Muitos beijos nas minhas duas amadas.
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querida, que coisa mais linda :)
Noutro dia, papai ficou em uma situação difícil, perto do aeroporto santos dumont. Uma van parou, o levou até onde ele podia atravessar em segurança e deixou ele lá.
uns anjinhos estão de olho, sempre.
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realmente de emocionar
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Hele, tb fiquei emocionada. e ainda bem que do mesmo jeito que a gente vê barbaridades, presenciamos solidariedade, preocupação com o próximo, respeito, gestos em prol de outro ser humano sem interesse por trás, compreensão, compaixão. vc mesma já me fez ter um cadim de esperança na humanidade com suas gentilezas :)
bj
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E eu estou aplaudindo as pessoas que estavam no teatro.
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Estou emocionada.
Há vários “nobres” há nossa volta. Quase sempre. Acredite.
Um beijo
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