O síndico da blogosfera já dizia que gostar de crianças é diferente de querer ter filhos. Ao que nós podemos contrapor: por sua, vez, querer ter filhos não necessariamente é a mesma coisa que gostar de crianças.
Pensem com a gente: bebês crescem, viram crianças, depois pré-adolescentes e adolescentes. Num estalar de dedos (o tempo voa, minha gente), seu bebê é um adulto. A infância provavelmente representará a menor parte do relacionamento de uma mãe (ou pai) com seu(s) filho(s). Todos nós somos adultos e quase todos temos pai e mãe, não é? Se a gente pensar bem, são 10 anos de infância, mais uns 8 de adolescência e o resto da vida – estamos falando de um período de 50 anos antes de passarmos desta para a melhor? – para conviver com nossos filhos em idade adulta.
Ter filhos tem a ver com gerar, criar, amar. Ter filhos não necessariamente tem a ver com gostar de criança, ter jeito para brincadeiras, criatividade para festinhas, disposição para acordar de madrugada, paciência para montar quebra-cabeças, memória para decorar o nome de todos os alienígenas do Ben 10, ou saco pra assistir Hanna Montana. Pode ter a ver, mas não necessariamente.
Há coisas mais importantes que tudo isso: saber encontrar o equilíbrio entre a autoridade necessária e o autoritarismo indesejável; ter responsabilidade para identificar o que é melhor para seu filho; ter maturidade para ser aquela chata que não deixa nada, sem medo de não ganhar o troféu de popularidade (mãe é pra isso, também); ter sensibilidade para perceber os sinais que as crianças nos enviam; conseguir viver nossas próprias vidas sem abrir mão de estar presente na vida deles.
E o mais legal de tudo isso é que de repente a gente se pega até curtindo a produção da festinha, a brincadeira de boneca/herói, a montagem do quebra-cabeças.
Duas Fridas
Filed under: Mothernidade | Tagged: criança, filho, maternidade |
Muito bom!
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Que coisa mais sábia. E tão simples. Talvez por isso mesmo. Eu nunca tinha pensado em argumentar por aí. Beijos!
Renata, dois filhos, nenhuma criança (mais) :)
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Sou #mãedecesárea, não cumpro diversas funções que se esperam de uma mãe – nem brincar de boneca, brinquei, detesto – mas sou feliz com a pessoinha que está se formando sob meus cuidados e influência. PS: adorando a frequência dos posts.
“sou feliz com a pessoinha que está se formando sob meus cuidados e influência” Tenho sentimento semelhante, Tina. E é bom!
Beijoca,
Helê
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[…] do relacionamento de uma mãe (ou pai) com seu(s) filho(s). Todos nós somos Veja o post completo clicando aqui. Post indexado de: […]
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[…] do relacionamento de uma mãe (ou pai) com seu(s) filho(s). Todos nós somos Veja o post completo clicando aqui. Post indexado de: […]
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Perfeito!!!!!
beijos doces
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Ai que máximo esse texto! Resumiu como ninguém o que eu penso sobre a maternidade…Parabéns! Bjs
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Ce tem razão.
Mas é como aquele poema de Vinicius:
”Filhos… Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?”
Acho que até o amargo é uma maravilha de um mundo de crescimento…Ainda sou muiro nova e desestruturada pra tal,pois ter um filho é muita,mas muita responsabilidade…Mas depois de tudo organizado ainda serei mãe.
Beijos,ótimo post!
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Como diz o Millor Fernandes, falou et dix!
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