Mais uma da série “fotos inusitadas de um presidente americano”.
Helê
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Mais uma da série “fotos inusitadas de um presidente americano”.
Helê
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Sei não, vai ver tô ficando velha (alta probabilidade). Mas tenho a impressão que faz tempo que talento, qualidade e vendagem não se encontram na cena musical. E a última vez aconteceu há exatos 26 anos. A encruzilhada desses três fatores gerou o disco mais vendido da história da indústria fonográfica mundial, produzindo algo que consegue atrair atenção até mesmo dessa geração digital. Refiro-me, claro, ao Thriller de Michael Jackson. Quando chegou lé em casa uma edição especial comemorativa, com o cd e um dvd dos clipes, a casa parou. Eu, a empregada e minha filha ficamos curtindo as canções, as danças, rindo do que hoje soa tosco, admirando o que ainda brilha e encanta. Mesmo tampando os olhos quando Michael vira lobisomem a pequena sempre pede pra rever os clipes, e acho que entendeu a minha primeira explicação, quando o vídeo estava sendo exibido numa loja e eu parei pra ver: “Era o meu High School, filha”.
É, acho que depois disso nada que vendeu tanto foi tão bom, e nada tão bom fez tanto sucesso. Ou não – corrijam-me, se puderem.
Helê
*Post guardado na seção de rascunhos desde outubro do ano passado, editado pela última vez em 16 de maio e finalmente publicado hoje, ainda sob a incrédula reação à notícia da morte de Michael, que me foi dada por Toni Platão. Mas isso fica pra outro post.
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Nenhum orgulho em confessar, muito pelo contrário. Mas é fato: eu simplesmente não consigo ver programas de viagem. Nenhum. Os de mulé-modelo-gostosa que vai pra lugar paradisíaco então, nem pensar (era especialidade do Sportv) . Mas mesmo os mais bacanas como “O Brasil é aqui”, que tinha no GNT; e despojados como o “Vai pra onde?” , do Multishow, eu fico igual a sua vó, incomodada. Vejo um episódio, um trecho e largo de mão. Depois de muito matutar descobri o motivo : a mais pura e genuína inveja. Pronto, falei.com.br.
Helê
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… é mais uma estonteante coleção de (o) Big Pictures. Aqui, uma provinha:
Alvin Ailey American Dance Theater members Antonio Douthit, Glenn Allen Sims and Kirven Boyd
Helê
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Lulu Santos no Tijuca Tênis Clube. Não, não tem décadas, foi sábado passado. Eu, a Vaca e Cláudio, o Elegante (favor não confundir com Cláudio, o Príncipe; títulos e alcunhas são coisas seríssimas neste blogue). A brincadeira era que faríamos um trabalho de campo para descobrir afinal qual seria o público do Lulu: garotada malhação ou tiazinhas (como nosostras, é preciso admitir)? Bom, algumas cervas consumidas na concentração nos fizeram perder um pouco do rigor científico, digamos assim, e nós cantamos e dançamos bem mais do que recomendaria o CNPQ. Mas percebemos que o público era o mais variado possível, mulekes e tiazonas com a cabeça completamente branca, todo mundo muito amarradão, naquela energia que só produzem os shows de estádio. O som e o conforto podem ser questionáveis, mas a animação? Imbatível. Muito interessante esse evento justo agora: bem no meio da viagem retrô aos shows do passado me aparece o Rei do Pop pra cantar vários hits que fizeram e fazem parte da minha trilha sonora. Sim, passou um filminho na cabeça, desde os Tempos modernos até a minha filha me pedindo pra ouvir o Lulu Santo cantando a “a música do se afogá” (Vale de lágrimas) . E valeu por ouvir de uma nova maneira que nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia.
Não tenho o canhoto do show, mas ele ficará guardado, com certeza.
Helê
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– Como diz meu amigo Marcelo, é muita gente sem ter o que fazer. Inventaram um alucinante Tetris baseado no Twitter. Você pode usar os tweets de seus contatos ou buscar postagens aleatórias. Não precisa nem ser tuiteiro, basta gostar de Tetris. :P
– Outros, em vez de perder o próprio tempo, inventam recursos para otimizar o tempo das pessoas. O RunPee é um site criado para ser acessado dentro do cinema, durante o filme, por aqueles que não aguentam esperar duas horas para dar aquela corridinha ao banheiro. O site cataloga os filmes em cartaz e marca os momentos em que você pode sair sem perder muita coisa. E o mais inacreditável: ainda te conta o que aconteceu no período em que você se ausentou! Confira o exemplo de Uma Noite no Museu 2. (Se bem que nesse caso específico dá pra ir ao banheiro a qualquer momento que não se perde nada.)
***
– O que acontece com os dentes que leite que a gente põe debaixo do travesseiro? Não seria fofo se eles voltassem um dia?
-Monix-
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Eu precisaria de muito mais tempo do que eu tenho pra ler todos os links do Idelber e demais textos sérios e profundos sobre a questão do diploma. Mas eu não tenho, então me deem licença pra me manter no terreno da inconsistência. Mas, bolas, se o Supremo se ampara em argumentos tão bestas, pra dizer o mínimo, porque heuza, heuzinha tenho que ser consequente? Só consigo pensar abobrinhas do tipo: será que tatuador vai precisar de diploma? E designer de sobrancelha (profissão que eu descobri que existe no Globo de domingo) ? Porque, vamocombiná, tanto um quanto outro apresentam ameaça à vida alheia, vai dizer que não?
Helê
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Fazia tempo que eu não sentia tanta vergonha. Terminava a entrevista com a bela Lucrécia Paco, a maior atriz moçambicana, no início da tarde desta sexta-feira, 19/6, quando fiz aquela pergunta clássica, que sempre parece obrigatória quando entrevistamos algum negro no Brasil ou fora dele. “Você já sofreu discriminação por ser negra?”. Eu imaginava que sim. Afinal, Lucrécia nasceu antes da independência de Moçambique e viaja com suas peças teatrais pelo mundo inteiro. Eu só não imaginava a resposta: “Sim. Ontem”.
Lucrécia falou com ênfase. E com dor. “Aqui?”, eu perguntei, num tom mais alto que o habitual. “Sim, no Shopping Paulista, quando estava na fila da casa de câmbio trocando meus últimos dólares”, contou. “Como assim?”, perguntei, sentindo meu rosto ficar vermelho.
Quando você for convidado pra subir no adro da Fundação Casa de Jorge Amado pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos, dando porrada na nuca de malandros pretos, de ladrões mulatos e outros quase brancos, tratados como pretos, só pra mostrar aos outros quase pretos (e são quase todos pretos), e aos quase brancos, pobres como pretos, como é que pretos, pobres e mulatos e quase brancos – quase pretos, de tão pobres – são tratados…
Ela estava na fila da casa de câmbio, quando a mulher da frente, branca, loira, se virou para ela: “Ai, minha bolsa”, apertando a bolsa contra o corpo. Lucrécia levou um susto. Ela estava longe, pensando na timbila, um instrumento tradicional moçambicano, semelhante a um xilofone, que a acompanha na peça que estreará nesta sexta-feira e ainda não havia chegado a São Paulo. Imaginou que havia encostado, sem querer, na bolsa da mulher. “Desculpa, eu nem percebi”, disse.
E não importa se os olhos do mundo inteiro possam estar por um momento voltados para o largo onde os escravos eram castigados. E hoje um batuque, um batuque com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária em dia de parada e a grandeza épica de um povo em formação nos atrai, nos deslumbra e estimula. Não importa nada: nem o traço do sobrado, nem a lente do Fantástico, nem o disco de Paul Simon… Ninguém, ninguém é cidadão.
A mulher tornou-se ainda mais agressiva. “Ah, agora diz que tocou sem querer?”, ironizou. “Pois eu vou chamar os seguranças, vou chamar a polícia de imigração.” Lucrécia conta que se sentiu muito humilhada, que parecia que a estavam despindo diante de todos. Mas reagiu. “Pois a senhora saiba que eu não sou imigrante. Nem quero ser. E saiba também que os brasileiros estão chegando aos milhares para trabalhar nas obras de Moçambique e nós os recebemos de braços abertos.”
A mulher continuou resmungando. Um segurança apareceu na porta. Lucrécia trocou seus dólares e foi embora. Mal, muito mal. Seus colegas moçambicanos, que a esperavam do lado de fora, disseram que era para esquecer. Nenhum deles sabia que no Brasil o racismo é crime inafiançável. Como poderiam?
Se você for à festa do Pelô, e se você não for… Pense no Haiti, reze pelo Haiti. O Haiti é aqui. O Haiti não é aqui.
“Fiquei pensando”, me disse. “Será que então é verdade? Que no Brasil é difícil ser negro? Que a vida é muito dura para um preto no Brasil?” Eu fiquei muda. A vergonha arrancou a minha voz.
Trechos em itálico: “Então é verdade, no Brasil é duro ser negro?“, reportagem de Eliane Brum publicada na revista Época de 19/6/2009 (via Blog do Sakamoto, no Reader da Ju Sampaio)
Trechos em negrito: Haiti, Caetano Veloso
-Monix-
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Não conta, mas deveria valer alguma coisa no currículo da pessoa os shows que ela assistiu, não? Na amostra em questão, senhoras e senhores, o comprovante de que a pessoa assistuiu ao histórico show do Cazuza no Canecão, em que todo mundo saiu aos prantos rezando por um remédio que desse a alegria de que aquele não fosse o último – mas foi. Os do Legião e do Paralamas equivalem a feridas de guerra – eu estive lá, minha filha, eu vi o Herbert de pé e o Renato dançando – embora parecesse convulsão. Mas talvez o mais espetacular desta leva seja o do Tim Maia no Circo – porque ele foi, ué.
Nenhum empregador vai concordar, ou pelo menos admtir, mas isso forma o caráter da pessoa, e diz sobre ela tanto quanto seus títulos acadêmicos, não? ;-)
Helê, ainda no mode direto do túnel do tempo
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…ou do Parque dos dinossauros, você escolhe.
Hoje não tem mais Mamute, nem Rádio Cidade e pior, Legião. :-(
Mais um pouco e eu acrescentarei “jornal impresso” à lista.
Helê, uma pssoua do século passado
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