Bom ano!

We heart it / Visual bookmark for everyone

Que em dezembro de 2010 a gente pense no ano que passou fazendo uma carinha mais ou menos assim.

Terá sido um grande ano, não?

Helê

PS: Ele desenhou belamente seus desejos, ela fez o melhores votos. Nossos leitores são mesmo um luxo só.

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Melhores de 2009

Como tenho feito nos últimos anos, preparei um apanhado dos melhores momentos afetivo-gastronômico-culturais do último ano. Como as próximas semanas serão de pasmaceira total na blogosfera – pelo menos é o que tradicionalmente acontece -, fica aí um farto material para vocês se divertirem, indo lendo aos poucos, pegando dicas, clicando nos links e relembrando também seus bons momentos de 2009. Sobre os quais, aliás, podem e devem ficar à vontade para falar nos comentários. Dividam com a gente, vamos adorar saber.

-Monix-

Janeiro

Queime Depois de Ler – Um filme dos Irmãos Cohen divertido como há muito tempo não se via. Brad Pitt no seu primeiro bom momento do ano; voltaremos a ele.

Aconchego Carioca – Um cantinho na Praça da Bandeira (agora elas se mudaram para uma casa maior, do outro lado da rua, e abriram uma filial no Cinematheque de Botafogo), comandado por duas magas da gastronomia, que inventaram uma coisa horrorosa chamada bolinho de feijoada, que eu não gosto, não recomendo e não quero mais falar nesse assunto, por favor. Nhé.

Colônia de férias Gato Mia – No mês em que as mães quase enlouquecem com a velha pergunta “o que fazer com as crianças”, a super Dedeia tira da cartola mil e uma brincadeiras e atividades super criativas e todos vivem felizes para sempre.

Fados, de Saura – Tive a oportunidade de assistir em DVD antes do lançamento em cinema no Brasil. É lindo, como um filme de Carlos Saura costuma ser.

Exposição Corpo Humano Real e Fascinante – Já tinha referências de pessoas que viram em Nova York (sorry, periferia) e aproveitei os momentos finais da exposição montada aqui no Rio para conferir. Muito interessante.

Titãs – A Vida Até Parece Uma Festa – Eu sou muito fã de Titãs, desde os primórdios até hoje em dia. Me desinteressei um pouco durante a fase “titias”, mas o documentário é uma pura sessão nostalgia, com toda a verve rock’n roll retratada na tela do cinema. Difícil foi me manter sentada durante as duas horas de filme.

Fevereiro

Balaco – Fui às compras com Helê e descobri essa joia rara que é a Balaco, com roupas lindas de inspiração afro-brasileira.

Zach and Miri Make a Porno – Me desculpem, mas me recuso a chamar este último filme do Kevin Smith pelo nome que ele levou aqui no Brasil. Podem me chamar de besta, eu aguento. Bom, Kevin Smith é sempre Kevin Smith, o filme é divertido como sempre, com seu humor inteligente e policitamente incorreto na medida certa, sem ofender nem insultar ninguém (especialmente o bom gosto do espectador).

Restaurante Intihuasi – A culinária peruana, veja você, é considerada uma das melhores do mundo. Fui conferir e não me decepcionei. Recomendo especialmente o circuito de ceviches.

O Lutador, Milk e O Leitor – Na esteira das indicações do Oscar, três ótimos filmes, cada um com suas características e qualidades próprias.

Março

Watchmen – Já é difícil adaptar quadrinhos para o cinema, especialmente a saga consagrada de Alan Moore. A versão de Zach Snyder era aguardada pelos fãs com um misto de ansiedade e desconfiança. O resultado é um filme tão bem cuidado quanto empolgante, e até a mudança no final original serviu para ‘arredondar’ melhor a história.

O Amor é Fogo – Nora Ephron com seu estilo delicioso conta a tragicomédia que foi o fim de seu segundo casamento. Não sei o motivo de tanta demora para a publicação no Brasil (o livro inspirou o filme ‘A Difícil Arte de Amar’, que passou no cinema em mil novecentos e telefone de disco). Mas não reclamo: com isso, tivemos oportunidade de testemunhar o encontro de dois talentos, pois ler Nora Ephron traduzida pela Fal é simplesmente um privilégio.

Frost/Nixon – Um filme que mostra um tempo em que o compromisso com a verdade era tão parte da premissa em uma entrevista que até um entertainer não resistia à tentação de imprensar seu entrevistado.

Amir – O melhor pão árabe do Rio de Janeiro vem fofo e quentinho para a mesa. Simplesmente imperdível.

Gran Torino – Clint Eastwood mais uma vez encarna o papel de os-durões-também-têm-coração, que ele desempenha excepcionalmente, tanto como ator quanto como diretor, desta vez para retratar os conflitos entre um WASP típico e a vizinhança, cada vez mais ocupada por imigrantes do Sudeste Asiático.

Abril

Che, de Soderbergh (Parte 1) – É Che Guevara. Interpretado por Benício Del Toro. Eu resto meu caso.

Ebisu – Este restaurante japonês em Botafogo é tão pequeno que não tem nem site, mas a comida é muito bem preparada, o rodízio tem um preço razoável, os garçons e garçonetes são atenciosos, o ambiente é agradável e não costuma ter fila na porta. Boa pedida para depois de assistir um filme no Arteplex (fica na Visconde de Ouro Preto, bem pertinho do cinema).

Divã Já falei antes sobre este filme delicado, engraçado e intenso, mas não podia deixar de marcar sua presença nesta lista de melhores do ano. Vale conferir.

Iron Maiden Flight 666 – Vocês provavelmente irão se surpreender, mas eu sou fã do Iron Maiden desde minha fase metaleira (!) lá pelos idos de 1984. Mas acho que o filme é bacana mesmo para quem não é tão fã, porque mostra os bastidores de uma mega turnê internacional de uma das maiores bandas de rock do mundo, com um charme a mais: o vocalista da banda – o icônico Bruce Dickinson – pilota o avião; daí o nome do documentário.

Maio

Bazar do Troca-Troca – A ideia surgiu há uns anos atrás, a partir de uma dica da charmosíssima Petita, que contou que costumava reunir as amigas para um “bazar de escambo”. A brincadeira consiste em cada uma levar aquelas peças de roupa, acessórios e sapatos que já prestaram ótimos serviços à causa mas que no momento apenas ocupam espaço no armário. Ou seja, aquelas coisas que a gente simplesmente enjoou, mas ainda estão ótimas e podem ser usadas por outra dona, especialmente se ela é nossa amiga. Já fiz algumas edições em minha casa, e é sempre muito gostoso ver como a coisa dá super certo. Às vezes rolam impasses – duas mulheres apaixonadas por uma bota preta pode ser um prenúncio de crise internacional – mas a verdade é que a gente sempre consegue administrá-los e todas saem com a sensação de “me dei bem”. O mais legal é tempos depois encontrar uma das amigas com aquela blusinha que você já não via graça nenhuma, e perceber que ela ganhou nova vida. Vale pelo conjunto da obra: é uma confraternização, é econômico, é ecológico (reutilizar também é reciclar, non?) e é muito, muito divertido.

Junho

O Casamento do Sr. K – Um evento que mobilizou assuntos e esforços nos meses que o antecederam, e que fez jus a cada minuto empregado em sua produção, o casamento comemorado na Confeitaria Colombo foi mesmo inesquecível. Interessante também foi ter estado presente em um momento que reuniu uma parte da blogosfera que é quase um universo paralelo para mim. ;-)

As Crônicas de Gelo e Fogo – Considerado o “novo Tolkien”, George R. R. Martin criou uma saga de fantasia realmente inovadora, com personagens extremamente verossímeis, por serem tão absurdamente humanos. Estou lendo – em exemplares emprestados – uma tradução portuguesa, pois infelizmente a série ainda não foi lançada no Brasil. De qualquer forma, fica a dica.

Dona Irene – Também já escrevi sobre essa experiência gastronômica, mas as delícias russas não podiam ficar fora dessa retrospectiva pessoal.

Julho

A Bela e a Fera – Fui a São Paulo com as crianças (filho e sobrinho) e minha mãe sugeriu que os levássemos para assistir ao musical. Os meninos gostaram a posteriori, se é que vocês me entendem, mas nós adultas adoramos! É incrível ver um musical padrão Broadway montado no Brasil. Acho que já não está mais em cartaz, uma pena.

Pavilhão de São Cristóvão – A festa junina da escola do meu filho foi no Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, o famoso Pavilhão de São Cristóvão. Pode ter comemoração melhor? Acabou tudo em forró, com pais, filhos e professores numa grande roda. Muito bacana.

Apenas o Fim, Harry Potter e o Enigma do Príncipe e O Grupo Baader-Meinhof –  O que têm em comum um filme independente sobre um casal de universitários que termina o relacionamento tendo como pano de fundo uma série de referências pop; um blockbuster sobre o menino-bruxo mais famoso do mundo enfrentando seu nêmesis; e um filme ficcional em tom de documentário sobre um grupo terrorista de esquerda, que bateu todos os recordes de bilheteria na Alemanha? Na verdade, nada. Apenas o fato de que assisti aos três na mesma semana, e, acredite se quiser, minha cabeça nem deu nó. ;-)

Agosto

Mercado Cultural Novo Rio Antigo Era uma tarde linda de inverno, daquelas que só o Rio de Janeiro oferece: tempo seco, céu sem nuvens, azul lindo, temperatura agradável. A ideia era levar a prima lusobrasileira para um almoço no centro do Rio, e de lambuja ganhamos esta grata surpresa. O mercado acontece sempre no segundo sábado do mês, na Praça XV, com música ao vivo, artesanato, exposições ao ar livre, enfim, tudo de bom e o melhor da cidade a custo zero ou muito barato. Para arrematar, nada como um almoço caprichado na Brasserie Rosário, de preferência nas mesinhas da calçada para apreciar o casario histórico da região.

Um Filme É Para Sempre – Quem gosta de cinema, de astros de cinema, de cinema de antigamente e do glamour da Hollywood pré-anos 60 não pode deixar de ler esta pérola de Ruy Castro. Simplesmente de-lovely.

Mas Será o Benedito? – Nos últimos anos a Lapa vem crescendo tanto e recebendo tantos barzinhos simpáticos que às vezes é difícil escolher. O Benedito tem uma decoração super bacana, umas mesas de sinuca não tão disputadas quanto as de outras casas mais concorridas, um cardápio gostoso e com precinho camarada, e até um espaço para música independente dos demais ambientes – que não cheguei a conhecer, mas tenho certeza de que está afinado com o espírito da coisa.

Museu do Futebol – A Boleira aqui é La Otra, mas em estando em São Paulo e tendo a oportunidade… a visita ao Museu do Futebol é imperdível. O museu do Pacaembu tem padrão internacional e apela para a emoção provocada pelo esporte, que quase todo mundo que cresceu no Brasil reconhece como legítima. (Aliás, só a visita ao estádio do Pacamebu já valeria a pena, pois trata-se talvez do estádio mais bonito do Brasil, em estilo art-nouveau-déco ou algo do gênero.)

Brüno – O humor de Sacha Baron Cohen é talvez uma das coisas mais modernas que se viu nesta primeira década dos anos 2000. É escrachado, grosseiro, completamente sem limites, mas impossível não rir às gargalhadas.

Setembro

O Equilibrista – Não consegui assistir no cinema, então tive que me contentar em assistir no DVD. O filme equilibra (com o perdão do trocadilho inevitável) poesia e aventura ao contar a história do homem que se apaixonou pela ideia de cruzar as Torres Gêmeas sobre um cabo de aço, e como ele conseguiu convencer um grupo de amigos a ajudá-lo na empreitada. As torres não existem mais, aquele espírito de aventura ligeiramente ingênuo também não existe mais. Mas o registro, belíssimo, está aí para ser apreciado.

Koni – A onda dos temakis já veio com toda a força e está até passando. Mas os cones da Koni Store (cujo maior pecado é o nome de péssimo gosto) são sempre tão fresquinhos e saborosos que eu não resisto e não enjoo. Recentemente foi incorporado ao cardápio (desenvolvido pelo chef Nao Hara, que já é uma grife no que diz respeito a comida japonesa no Brasil) um peixe novo, a truta-da-patagônia. Delícia.

Up – Altas Aventuras – Muito já se falou sobre este filme de animação que nasceu clássico. A famosa cena inicial, que condensa a história de uma vida em 15 minutos, é mesmo de arrepiar.

A Arte de ViajarMinha amiga Flávia já tinha dado a dica, mas confesso que não prestei atenção. Até que ela resolveu me presentear com o livro, que me deixou encantada. Tirar filosofia de coisas tão simples e tão contemporâneas quanto as placas de sinalização dos aeroportos internacionais é realmente para poucos. Obrigada, Alain de Botton.

Mulher de Um Homem Só – Como já disse antes, o Alex escreve de um jeito que considero realmente único, o que, é claro, deve ser considerado um elogio.

The Tudors – 1ª temporadaA série é cheia de, digamos assim, licenças poéticas. Personagens que não existiram, fatos que não foram bem assim, enfim, crianças, não repitam nada disso nas provas da escola. Mas como ficção é bárbaro, e convenhamos que as aventuras amorosas de Henrique VIII e as tramoias políticas da Inglaterra renascentista são ingredientes mais que suficientes para um sucesso televisivo. Assisti em DVD, que é o jeito mais racional de se ver uma série de TV.

Outubro

Búzios – Um fim de semana prolongado na charmosa Taka House é o melhor começo de férias que eu poderia desejar.

Maraú, Bahia – O paraíso existe, e nem é tão longe assim. As fotos falam por si, nem vale a pena tentar explicar. Para quem quer experimentar um turismo “selvagem” – e de bônus conhecer o incrível João Brasileiro – recomendo a Pousada Tembwa, encravada entre o mar e a lagoa do Kaçange, um lugar indescritível e cheio de axé.

Novembro

Procissão de Todos os Santos – A descoberta deste surpreendente evento anual a gente já contou aqui. O alto astral certamente será incorporado ao nosso calendário, nem que seja apenas o calendário afetivo de boas intenções.

Exposição 35 Anos de Playmobil – Os bonequinhos de plástico, de cabeça redonda e cabelo destacável, marcaram gerações de crianças. A exposição reuniu brinquedos com os temas mais incríveis, de bichos a militares, de princesas a heróis bíblicos. Impossível não se emocionar com as memórias da nossa própria infância e com a alegria das crianças do século XXI.

Moleque MateiroPela primeira vez levei meu filho a um dos passeios promovidos por este grupo de ‘aventureiros’. Uma ideia tão bacana que com certeza será repetida em breve, assim que as chuvas deem trégua.

Bastardos Inglórios e Julie&Julia – Um filme de guerra e um filme de culinária. Mais uma vez, meu ecletismo cinematográfico desafia meus neurônios, e quem sai vencendo sou eu mesma, é claro. Tarantino fez o filme que possivelmente será sua obra-prima (e ele sabe disso); Nora Ephron (ela de novo!) nos entrega um filme lindo sobre comidas e bloguices, nem preciso dizer mais. E não nos esqueçamos de Brad Pitt, como o líder dos Bastardos, em mais uma atuação marcante em 2009.

Dezembro

O Caderno de Cinema de Marina W. – Chamem-me de retardatária, eu mereço. Comprei o livro da Marina na Primavera dos Livros e li de uma vez só – como sempre acontece quando leio qualquer coisa escrita por ela, não consigo parar. Item obrigatório na prateleira de qualquer amante do cinema.

Expectativa

Helê

Virundum

Minha filha, do alto dos seus 7 anos, mais prafrentex que a própria Chiquinha Gonzaga, avisa, ao invés de pedir:

Vou abrir alas, que eu quero passar

vou abrir alas que eu quero passar…”

Da série “Virunduns adoráveis”,  aqueles você não corrige porque são quase melhores que o original.

Helê

Mesmo que você

… não seja católico, nem cristão, nem mesmo religioso.

Ainda que você vá passar a noite trabalhando, ou sozinho, ou no recheio de uma família barulhenta.

Tanto faz se você é aquele leitor anônimo – isso, você aí no fundão, que nunca comenta. Ou você ali, freguês de caderno que já acumula milhagem no Fridascard.

Você está nos lendo nesse momento. E esse é pra nós um presente muito valioso. Tanto que por isso, por esse gesto, por esta atenção eu agradeço sinceramente, desejando que você tenha uma noite realmente feliz.

All I want for christmas it’s you … happy.

Helê


Natal Feliz

Montar a árvore, quebrar bolas de natal (cuidado menina não fica descalça aí!), presépio de juta da feira hippie, panetone torradinho com manteiga no café da manhã, espiar os presentes escondidos no armário, abrir janelinhas do calendário do advento, fingir que ainda acreditava em Papai Noel, maratona de festas, Missa do Galo à meia-noite, auto de Natal improvisado com os muitos primos, a família reunida em torno da bisavó, um cheiro específico que até hoje me lembro mas não sei do que é, o presunto delicioso da minha avó, amigos ocultos, Rudolph a rena do nariz vermelho, a musiquinha de Natal da Turma da Mônica, hoje é um novo dia de um novo tempo que começou.

Um Feliz Natal para a criança que você já foi.

-Monix-

G.R.B.C. Me chama que eu vou

O documento já estava pronto, aguardando o melhor momento de publicação. E eis que hoje, por volta das 15hs, inicia-se o verão –  o oficial, porque o real já vigora por estas plagas, que nós cariocas somos meio desobedientes e não seguimos o calendário com a rigidez esperada. Então publique-se aqui a fundação do Me Chama, esperando que ele aqueça o coração da Manu quando a distância aumentar e a temperatura cair.

O Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Me chama que eu vou saúda o povo e pede passagem, fazendo aqui sua ata de fundação, declaração de princípios e de amor incondicional à sua musa inspiradora, Manoela Mafra Vianna. Ela, a Manu que topa todas e se envia com igual entusiasmo pra Madureira e pro Leblon, circula com a mesma desenvoltura pela Pedra do Sal e pelo Baixo Gávea, sempre disposta tanto a uma noitada quanto a uma corrida – basta chamar e ter a sorte de ser um de seus muitos amigos. Amante derramada da cidade, recebe esta que é a maior homenagem que o Rio e os  cariocas podem oferecer, que é ser a razão de um bloco carnavalesco.

O Me chama – que todo bloco bom tem codinome – nasceu numa conversa no posto 9, foi batizado num cervejal na Lapa e sacramentado num sambinha no Democráticos. Inspira-se  no (e pede benção ao) Parasitas Garbosos, obscura agremiação de Santa Teresa, e dele reproduz a função e o objetivo, qual seja: acompanhar os demais blocos, rodas de samba, pagodes, ensaios e desfiles. Seus integrantes podem, eventualmente, usar fantasia semelhante, mas não se trata de regra rígida. Bebem destilados e fermentados, e podem até (que Deus perdoe!) não beber. Gostar de samba é mais importante que propriamente sambar, mas deles espera-se que gostem sobretudo de brincar o carnaval. Recomenda-se que os membros empenhem-se com fervor e diligência no cultivo da melhor cepa do bom humor carioca; nosso padroeiro é o Profeta Gentileza, com certeza. Fundamental ser gente boa, essa característica indescritível porém inequívoca para todo carioca sangue bom.

Possuindo as características acima descritas e conhecendo a Manu, sua inscrição será analisada pela diretoria do Bloco – cujos critérios, subjetivos e variáveis, são passíveis de argumentação quando bem fundamentada num papo regado a cerveja gelada e sorrisos.  O documento ora publicado apenas oficializa o Me chama, gerado espontaneamente pela simpatia ecumênica, democrática e festiva com que a Manu foi reunindo e interligando amigos pelaí, sempre fortalecendo geral, tudo junto e misturado. Esses amigos, agora sob a bandeira do Me chama, vão dar o máximo de si para disfarçar essa saudade madrasta que a nossa musa vai deixar, se bandeando pro outro lado do oceano. Mas já sabe, Manu: se a saudade apertar muito, Me Chama que eu vou!

Me Chama em dois momentos: ainda em gestação e no dia da fundação.

Trilha sonora

Alguém me avisou, Caetano, Gil, Gal e Bethânia

Me chama que eu vou, Sidney Magal

Avisa lá, Olodum

Atrás do trio elétrico, Caetano Veloso


GRES MCQV

Presidente de Honra & Musa: Manoela Vianna

Diretora Musical: Helena Costa

Diretora de Carnaval: Patrícia Pereira

Diretora de Harmonia: Andrea Carvalho

Diretora de Evolução: Sabrina Stocco

Diretora de Percussão: Katia Simões

Diretora de Roquenrol: Daniela Yabeta

Diretora Jurídica: Beatriz Vianna (Titiz)

PS: Estão abertas as inscrições para a marcha/samba do bloco, bem como para a escolha de seu símbolo.

Helê

Carinho: todo mundo quer

whisper / Kevin Steele Big Friends

Câlin no description

Então pratique e tenha um bom finde.

Helê

Chegando junto (ou: “Come together”)

Ensaio geral, último antes da apresentação de fim de ano do balé. Mais de 40 alunas, mães, professoras, todas sob o stress decembrino. Na hora de “Come together”  a gravação falha. Tensão.  2, 3 tentativas e nada. Frustração. “Tem outro?” “Não, só trouxe esse”. Dou uma olhadinha no ipod, me certifico que tenho a versão original e ofereço à coreógrafa, discretamente: “Se adiantar eu tenho aqui …” Ela agradece, aliviada, diz a todos que eu salvei a pátria; algumas alunas elogiam, uma ou outra mãe olha com indisfarçável despeito. Minha filha fica orgulhosa, percebo.

Não pude evitar pensar que, no mercado tradicional materno meu prestígio teria aumentado se, em caso de uma emergência, eu tirasse agulha e linha da bolsa e consertasse um figurino desfeito na última hora. Hoje fui tida como uma mãe preparada por causa de um aparelho eletrônico –  meu companheiro fiel, meu radinho de pilha modelo século 21.

Mas de nada adiantaria um iphone conversível sem os rapazes de Liverpool  lá dentro, né? Eu gostei mesmo foi de resolver essa situação específica: alguém precisava de música – Beatles ! – e eu tinha para dar. Foi como dar água a quem tem sede.
(Pelo menos a Ana Paula eu sei que vai se orgulhar de mim! ;-) )
**
Bem, considerando que eu estou costurando lantejoulas no figurino da apresentação da escola às 11 e meia da noite, devo conseguir também uns pontinhos nos critérios tracionais de qualidade materna, não?

Helê

Sem direção

Estava dirigindo, na Praia do Flamengo, e bateu um sono tão forte que me deixou desorientada. Não conseguia mudar de pista, e em determinado momento cheguei a ficar meio confusa, sem saber se estava ainda no Flamengo ou se já tinha entrado na Praia de Botafogo. Fiquei com medo de não conseguir chegar em casa, e tentei encontrar um lugar para encostar o carro e simplesmente fechar os olhos. Aí fiz um esforço para mantê-los abertos… e descobri que estava de olhos fechados. Na minha cama. Ufa.

Tal como Martinho da Vila, sonhei que estava sonhando um sonho sonhado.

-Monix-

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