O chamado “voto proporcional” é uma das maiores aberrações do sistema eleitoral brasileiro. Diferentemente do voto majoritário, no qual o candidato que obtiver mais votos está eleito, o voto proporcional utiliza um malabarismo numérico – uma espécie de equação – para calcular “proporcionalmente” quem foi eleito, tomando como referência a quantidade de votos válidos e a quantidade de votos recebidos pelos partidos e pelas coligações partidárias, redistribuindo-os internamente. Em outras palavras, você vota em Jesus, mas, por tabela, também elege Judas, que faz parte da mesma coligação ou partido do Crucificado e se beneficia com a “sobra” de votos dele. E o pior: se Jesus estiver num partido pequeno, mesmo que receba milhares de votos a mais do que Judas, que está num partido grande, corre o risco de não se eleger, porque seu partido não teria obtido o tal coeficiente eleitoral. É totalmente absurdo.
O sistema proporcional é usado na eleição de deputados federais e estaduais e vereadores. É por isso que, com frequência, a população não se reconhece nos parlamentares eleitos. É porque, na verdade, não votou neles. Quase ninguém lembra disso na hora de votar. E adivinhe por que ninguém divulga esta questão (nem o TSE!) ou toma alguma iniciativa para acabar com isto…
O cientista Jairo Nicolau explica bem melhor neste texto: Como votar para deputado.
Do sempre perspicaz Christian Morais, um de nossos top leitores. Por essas e outras.
Atenção no voto, pípol.
Helê
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Tamo junto, André. Chico Alencar é realmente o melhor parlamentar em atividade no país hoje – o mais respeitável, o mais coerente, o mais honesto. E por causa da tal proporcionalidade corre o risco de não se reeleger, embora tenha dezenas de milhares de votos no Rio…
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Não vamos deixar isso acontecer, meu caro!!!
Chico na veia!
Abçs.
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A única certeza de voto que eu tenho este ano chama-se Chico Alencar, votaria nele até para síndico. Agora cá entre nós, está cada vez mais difícil votar no Brasil. As opções pioram ano a ano.bjs.
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