Flamengo Campeão da Taça Guanabara 2011

É o meu maior prazer vê-lo brilhar, como vocês sabem….

Helê

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Be patient

“Be patient toward all that is unsolved in your heart and try to love the questions themselves, like locked rooms and like books that are now written in a very foreign tongue. Do not now seek the answers, which cannot be given you because you would not be able to live them. And the point is, to live everything. Live the questions now. Perhaps you will then gradually, without noticing it, live along some distant day into the answer.”
(Rainer Maria Rilke, Letters to a Young Poet,  Chapter Four – July 16th, 1903)

([Tenha] paciência em relação a tudo que não está resolvido em seu coração. Peço-lhe que tente ter amor  pelas próprias perguntas, como quartos fechados e como livros escritos em uma língua estrangeira. Não investigue agora as respostas que não lhe podem ser dadas, porque não poderia vivê-las. E é disto que se trata, de viver tudo. Viva agora as perguntas. Talvez passe, gradativamente, em um belo dia, sem perceber, a viver as respostas. Tradução de Pedro Süssekind)
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Trilha sonora do post:  The logical song, Supertramp, e Patience, do filme “Dreamgirls”, com Eddie Murphy e Anika Rose.
Helê

Music & me

Tenho essa fantasia de tratar as canções como pessoas, com as quais estabeleço relações, tenho saudades, me alegro ao reencontrar. De algumas guardo detalhes do primeiro encontro: lembro, por exemplo, da primeira vez que ouvi “Água da minha sede”, do Zeca Pagodinho, numa caminhada matinal no Maracanã – amor à primeira audição. Outras tantas são imemoriais, eu já ouvia antes que pudesse me dar conta disso, e essas muitas vezes confortam e acolhem, como velhos conhecidos – entre elas posso citar “Killing me softly with his song”, da Roberta Flack, uma das minhas  lembranças mais remotas. Há músicas (e também pessoas) que sempre estiveram por aí, um tanto despercebidas, até que um dia você nota-lhe um verso (ou uma qualidade) e pimba!, surge uma paixão de onde menos de espera. Aconteceu com o clássico “The way you look tonight”, que me cativou muito tempo depois de conhecê-la.

Dando asas à minha fantasia, considero delicadas as apresentações que envolvem muita expectativa. Costuma ser fatalmente broxante pra mim dizer “Vou te mostrar uma música que você vai adorar”. Tento, mas costuma ter efeito inverso, sinto-me obrigada a gostar e constrangida quando não caio fulminada de amor. Funciona melhor falar bem da canção ou da banda quase sem querer, como diria o Legião Urbana. Se eu não gostar, passou, a canção vai e a amizade fica, sem dolo nem dano.

Mas quando dá certo, a associação se estabelece para todo o sempre, amém. E então as canções me trazem as pessoas e me deixam com aquele risinho bobo no canto da boca, naquela satisfação de rever, ainda que rapidamente, alguém de quem se gosta. Assim, tem uma canção divertidíssima chamada “If you wanna be happy” que a Sam me apresentou, e é impossível não pensar nela quando escuto o animado Jimmy Soul. Assim como eu penso na Cyntia ouvindo “Peel me a grape”, que conheci por causa de um comentário dela aqui no Dufas. E veja que feliz ironia que tenha sido a Ana Paula, a Primeira Leitora,  quem me apresentou “Nobody knows when you’re down and out”, porque quando ouço eu sei que somebody knows, e eu não estou assim tão só. Recentemente a Denise Arcoverde comentou um post meu no FB com “Trouble in mind”, da divina Nina Simone , e foi como ganhar um presente, que eu pego vez ou outra e me alegro, pensando no poder da música em unir o que está disperso, mas ainda assim, pertence.

 

Helê

Tal pai tal filho

Eu não costumo rir “de verdade” quando leio. Acho muita graça no que é engraçado, mas não rio alto.

Essa informação é só para vocês entenderem o quanto me diverti lendo o “Meu Pai Fala Cada M*erda“, livro inspirado num perfil do Twitter que, por sua vez, inspirou a série de TV $#*! My Dad Says. Mal conseguia conter as gargalhadas e devorei a leitura em uma noite.

Na televisão, o pai do protagonista é William Shatner, que numa atuação impagável traz à vida o adorável rabugento Ed Goodson. O roteiro reúne dezenas de tiradas engraçadíssimas a cada episódio. Mas o livro é mais do que isso.

Em “Meu Pai Fala Cada M*rda”, o verdadeiro personagem é Sam Halpern, um médico pai de três filhos que simplesmente não tem papas na língua. A diferença em relação à sitcom – que, obviamente, precisa de um protagonista mais caricato – é que o homem da vida real é quase um sábio, com uma visão de mundo bastante peculiar e, surpreendentemente, um pai amorosíssimo, disposto a proteger seus filhos acima de tudo. Claro que fica meio difícil perceber o amor paterno contido por trás de frases como

“Não me interessa a hora que você volta para casa, simplesmente não me acorde. A regra é esta: não me acorde.”

, mas quando o filho Justin – o autor do livro – dá uma escapulida de fim de semana até o México sem avisar em casa, ouve do pai a seguinte bronca:

“Mal posso esperar para que você tenha um filho e se preocupe com ele. Você nunca para de se preocupar com os filhos. É um inferno. Trate de ver bem onde é que você enfia seu pau porque está é a sua vida, esta droga aqui.”

Sam e Justin Halpern são dois caras muito bacanas, que mostram que o afeto entre pais e filhos às vezes segue caminhos meio tortuosos, mas está lá quando se aprende a enxergá-lo.

Recomendo o perfil do Twitter, o livro e a série.

-Monix-

Pausa para poesia

a palavra é uma roupa que a gente veste

Uns gostam de palavras curtas.
Outros usam roupa em excesso.
Existem os que jogam palavra fora.
Pior são os que usam em desalinho.
Alguns usam palavras raras.
Poucos ostentam caras.
Tem quem nunca troca.
Tem quem usa a dos outros.
A maioria não sabe o que veste.
Alguns sabem e fingem que não.
E tem quem nunca usa a roupa certa pra ocasião.
Tem os que se ajeitam bem com poucas peças.
Outros se enrolam em um vocabulário de muitas.
Tem gente que estraga tudo que usa.
E você, com quais palavras você se despe?
Viviane Mosé
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Helê

Advinha qual é o meu

Helê

Ser mãe é…

… ter o banho interrompido pela pergunta

 

Mãe, quem nasce no dia 29 de fevereiro só faz aniversário de quatro em quatro anos?

 

e conseguir responder sem sair de baixo do chuveiro.

-Monix-

Estaleiro

O seguinte, pípols: uma contracultura muscular me deixou tortinha feito a coruja aí de cima, de licença médica até a próxima semana e convocada para dez sessões de fisioterapia, tá bom proceis?  Jesus me defenda e Momo me ampare!

Ainda assim, bom finde pra todos nós.

Helê

Evolução

“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent that survives. It is the one that is the most adaptable to change”. (Charles Darwin)

(Não é a espécie mais forte que sobrevive, nem a mais inteligente. É a que se adapta melhor à mudança — tradução tosca mas limpinha)

Helê

Dois cisnes, dois lutadores

Neste domingo fiz uma sessão dupla de cinema e assisti dois filmes que aparentemente não têm nada a ver um com o outro: Cisne Negro e O Vencedor.

Só que, curiosamente, os dois filmes têm algo em comum, ou melhor, alguém chamado Darren Aronofsky, diretor do primeiro e produtor do segundo.

Mas há outros pontos de contato. Ambos os filmes falam de situações físicas extremas. A magreza bulímica da bailarina e a força projetada do boxeador são panos de fundo para dramas familiares: dois protagonistas manipulados por mães que não primam exatamente pelo equilíbrio emocional.

Um filme fala de um mergulho em direção à loucura; o outro, da busca pela sanidade. O filme sobre balé é violento; o filme sobre boxe é mais delicado.

A escolha da programação foi ditada pelo acaso. Achei curioso o fato de combinarem tanto.

-Monix-

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