Estados civis

Casamento não é para fracos. Nada pessoal, sem ofensas – nem mesmo à instituição, que eu até acho válida. Apenas uma frase de efeito para sublinhar a complexidade da condição de casado (ou “comprometido”, termo que soa obsoleto mas que considero muito  preciso). Um alerta para os incautos que ainda acreditam em felizes para sempre. Você nunca vai ser feliz para sempre, baby: nem quando casar, nem quando tiver filho, nem quando separar, nem mesmo, suspeito eu, quando acertar na loteria sozinho. Leva tempo para a gente compreender isso, e quanto mais cedo entende, mais chances tem de ser feliz. Mas nunca para sempre, prestenção.

✽ ✽ ✽

A solteirice, por outro lado, destina-se a amadores: é mais bem aproveitada quando provisória, e não compulsória. Porque independente do seu grau de interessância, a Lei Geral da Física Sexual estabelece que a quantidade de opções decai com o passar do tempo, salvo raríssimas exceções. Há dificuldades específicas para quem volta a ser solteiro depois de um tempo fora de combate. Equivale a voltar para uma festa que estava ótima e perceber que tudo mudou enquanto você esteve fora: a decoração, os convidados, o DJ e até (ou sobretudo) você. Que começa, inclusive, a questionar se a festa estava tão boa assim quando você saiu.

(via observando)

Helê

13 Respostas

  1. […] esse é um post reescrito ou reciclado porque o Carlos me lembrou dele e porque you know the drill: […]

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  2. Casada ou solteira, a vida não é fácil.

    Casamento é um exercício constante de você conviver com alguem que não teve a mesma educação que a sua, não tem uma lei cósmica que te faça amar incondicionalmente sempre (não é filho, não é mãe / pai, nem irmão..) e sobretudo, não tem um ritmo certo para os dois. Um pode, com o passar dos anos, ir para um lado e outro, pra outro. E ai, cabe ao casal decididir o que fazer: se adequar ao ritmo do outro? Cada um seguir seu rumo… enfim.

    Ser solteiro também é igualmente difícil no meu ponto de vista, ainda mais para alguem já foi casado. Não acho que seja mais fácil, não. Aparentemente é mais fácil, no início dá aquela aurea libertadora, vc não está em constante negociação do que fazer, você decide, mas tem o outro lado, né… Ficar cada vez mais exigente com relação a como o outro deve ser, se portar, pensar, existir, criar justificativas para si para justificar essa exigência cada vez maior (vejo muito isso, em amigos / amigas que sempre foram solteiras e nos que foram casados), num mundo que prega o egoísmo e o eu, eu, eu o tempo todo, não se tornar mais um, é um malabarismo constante. Então, acho q da empate, viu…

    Eu acho que o jogo vira o tempo todo, Le, ele nunca tá ganho – nem perdido. Isso é que duro de aceitar porque cismam de achar que as situações, pessoas e relacionamento são estáticos e estáveis.
    Beijo!
    Helê

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  3. Meninas, primeiro, dizer que adoro esse blog, de um bom gosto, comentários inteligentes…agora, solteira depois de dois casamentos no mínimo infelizes e livre há 10 anos, acreditem, AMO ser solteira, o problema é que você por força das circuntâncias fica muitíssimo individualista, cria seus próprios hábitos e, no meu caso, tem ojeriza a morar debaixo do mesmo teto com alguem…pode ser “neura”, mais sou feliz assim.
    Abraços,
    Cleo M.

    Oi, Cleo, prazer em conhecer. Obrigada pelo “depoimento”, importante ouvir diferentes opiniões nesse assunto.
    Fique a vontade, a casa é nossa.
    Aquele Abraço,
    Helê

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  4. Poxa, amei o comment da Ana Paula. e o seu texto, Helê, preciso. Nada nessa vida é para os fracos, realmente. bj

    Ainda bem que tem azamigue pra ajudar, néam? ;-)
    beijo!
    Helê

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  5. Não, casamento não é para os fracos, definitivamente. A solteirice tampouco, imagino eu, que moro na mesma coluna de apartamentos da Ana Paula – aquele da camisola, etc. Enfim, boa sorte para nós, rsrsrs…

    Bom, eu moro no outro, mas é o mesmo condomínio, grazadeus! É o que me salva, diga-se de passagem, a vizinhança! Hahahah!
    beijo, Dedear,
    H.

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  6. A meg matou a pau. Eu, casada há tanto tempo, vira e mexe me sinto como se estivesse rolando uma festa no apartamento ao lado, com música ótima, bebida, gente bonita, e eu estivesse aqui, de camisola, vendo a novela. Talvez, do outro lado, tenha alguém vendo uma festa rolar num filme, sozinha no sofá, imaginando que do lado de cá é que rola uma festa contínua, a dois. Sei lá, a vida não é pros fracos, essa que é a verdade.

    Não mesmo, Ana, tá ruim pra todo mundo!
    beijo grande,
    Helê

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  7. Meguita, você me enche de esperanças …

    Num é?! Quem bom.
    Abração,
    H.

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  8. HAHAHA, Adorei o comentário da Renata Lins: “dominar as novas técnicas”!

    Acho que é assim mesmo: tem q entrosar de novo com a galera nova q está na festa, tem q aprender a curtir o novo ritmo que o novo DJ colocou, tem q aprender a saborear a bebida diferente, etc. Mas a solteirice é muito divertida, sim! Embora eu não a troque pela boa vidinha de casada! Acho que a condição para curtir muito a solteirice é ter uma boa disposição para a novidade.

    Quanto à idade, se as opções com certeza diminuem em quantidade, a qualidade das q vão aparecendo é cada vez melhor.

    Será mesmo, Meg? Tomara que, se vc não estiver certa, pelo menos passe um anjo e diga amém, hahaha.
    Beijoca,
    Helê

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  9. Acho que a idéia de ciclos é boa… a gente vai, volta, vai de novo… mas concordo com vc: 1. não é para fracos e há mta propaganda enganosa; 2. mta gente fica com preguiça na “volta ao mercado”… tem que aprender a dominar novas técnicas…

    Mas é tudo novo, né, Rê? Técnicas, alvos, lugares… E tem o ditado que diz que não se ensina novos truques a um cachorro velho, hahaha!
    Beijo,
    H.

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  10. Ééééééé…

    Desenvolve, Túlio :-).
    Brincadeira minha, aqui o comentário é livre, a pegada tem o tamanho que você quiser deixar ;-)
    Aquele Abraço,
    H.

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  11. Eu passei por todas as fases. A de ser casada, a de achar que ia ser feliz pra sempre, a de perceber que estava enganada, a de voltar ‘dicumforça’ pra festa e aproveitar TUDO o que ela podia me oferecer e mais um pouco. Até chegar a conclusão de que é bom ter uma perna macia pra se enroscar à noite e que ser solteira é bom, muito bom, nada contra. Mas eu ainda prefiro ser cúmplice de alguém. Adorei o texto, Helê! \o/ Beijo

    Obrigada, Cris; bacana seu relato, viu?
    Bj,
    H.

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  12. É assim mesmo, volta-se com aquela sensação, “festa de estranho, com gente esquisita, eu não tô legal, não aguento mais birita”.

    Num é, Fefê?! Que coisa.
    Bj,
    H.

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  13. Oi? vou ser a primeira a comentar? Bem eu concordo plenamente, com uma ressalva. A festa sempre esteve ótima eu é que não devia ter insistido em sair dela!
    Beijos.
    Gisele.

    Será mesmo, Gisele? Sei não, cada vez mais acredito somos iludidos pela grama do vizinho vista de longe – e, mais grave, não percebemos que mudamos de lugar com o vizinho ao longo do tempo…
    obrigada por comentar; beijo,
    Helê

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