Um não-casal (ainda) passeia pelas ruas de Paris, nove anos depois de um intenso primeiro (e único) encontro e de um traumático desencontro. Poderia ser uma épica DR, ou a química poderia ter desaparecido com o passar do tempo, mas não. A conexão ente eles é tão forte que está tudo lá: o encantamento, a curiosidade de um pelo outro, o brilho no olho. E para completar, uma das melhores (e mais instigantes) frases finais de todos os tempos.
Do ponto de vista de roteiro, Antes do Por-do-sol já mereceria entrar em qualquer lista de melhores filmes românticos. Mas na minha ele entrou também por conta da inventiva opção narrativa, que conta a história em tempo real. As quase duas horas que passamos sentados no cinema correspondem às duas horas vividas pelos dois personagens. Quando eles sobem uma escada, é degrau por degrau. Se há silêncios, precisamos esperar que eles terminem para continuar a conversa.
Muitas vezes o cinema é fantasia e irrealidade, e é isso o que buscamos. Este filme buscou verossimilhança, e foi até o fim. Eu gosto dele por isso.
-Monix-
(Não consegui inserir vídeos deste filme… por isso, escolhi uma foto que capta bem o clima da história.)
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Duas Fridas 