Para Pedro
Édouard Boubat Untitled 1948
“ In some way, a photo is like a stolen kiss. In fact a kiss is always stolen, even if the woman is consenting. With a photograph it’s the same: always stolen, and still slightly consenting.” Édouard Boubat
[De alguma forma, uma foto é como um beijo roubado. Na verdade, um beijo é sempre roubado, mesmo se a mulher concorda. Com o fotógrafo é igual: sempre roubado, ainda que ligeiramente consentido]
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ô Helê, você acertou em cheio com essa imerecida dedicatória.
A foto de Boubat é maravilhosa, tão poética quanto uma foto pode ser.
E a citação segue-lhe o exemplo, tão carregada de verdade. Fotografia faz sentido quando se capta algo, quando se rouba algo. Algo que se transmite. Sem isso é uma imagem, apenas. Cores e formas, nada mais
Do fundo do coração obrigado!
P
Você merece, Pedro.
Beijoca,
Helê
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Ah! concluindo, esta foto do Édouard Boubat, fecha de maneira linda
e reflexiva ‘passado-presente-futuro’: O TEMPO, este penúltimo dia de 2011!
Celebremos e sugiro a todos a música de Caetano Veloso,
na voz de Maria Gadú: ‘Oração ao Tempo’, sua letra, tem passagens lindas, quem sabe… ela, (a moça da foto),
não indagava, comentava, pedia, confessava, estudava possibilidades,
se perdia naquele ano de 1948, com questões ontológicas que ainda são válidas; embora, o tempo atual nos torne práticos e rápidos,
sentimentos já não podem ser rápidos, esquecidos e atropelados,
se assim o fizermos haveremos de pagar um preço láaaa no futuro!
Tenhamos cuidado, também não teremos esta dívida!
Feliz 2012 para vcs meninas! e todos que lhes acompanham!
Obrigada, Vanilda, pra você também.
Aquele Abraço,
Helê
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Considerei lindos: foto e texto poético e verdadeiro.
É mesmo assim, sempre foi em tempos que a fotografia era vista como arte,
e como tal, instantes surpreendentes se eternenizaram, nenhum retoque,
tudo… na-tu-ral…
Estamos vivendo momentos diferentes, em que rostos devem ser esfumaçados,
desfocados para o jornalismo. Na fotografia artística, precisa-se de documentos legais, assinar contratos, só estas formalidades já embotam a iniciativa.
O ‘clic’, já não é mais informal, espontâneo apreendido. Tudo agora tem que ser pré-projetos, projetos, planejamentos, tudo bem – quando se trata de algum trabalho científico – contudo o mesmo material para um trabalho científico seja ele arquitetônico, dentro da química, da biologia, da natureza enfim, é material de valor inestimável e imensurável em exploração e aproveitamento criativo da percepção!
Mas… há sempre espaço e oportunidades para tudo.
O artista desconsidera as dificuldades acadêmicas e legais, faz de outra maneira, mas nunca aborta sua sensibilidade e seu trabalho!
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