Porque hoje é sábado

Kama Sutra by Malika Favre (rejected cover)

Eu já havia separado essa imagem quando a Beth Salgueiro postou no face dela. O que foi ótimo, porque assim a Cynthia Feitosa deu o caminho das pedras: o site da artista, com trabalhos belíssimos. Como esse: nunca vi uma representação do Kama Sutra tão elegante, sem deixar de ser erótica.

Helê

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Bom finde!

(Do Picsy via Simply Precious)

Trilha sonora sugerida para a foto: Dance Tonight, Paul McCartney .

Helê

La palabra favorita

Não me perguntem como cheguei a este site. Desígnios de Serendipity, entidade que garante a boa navegabilidade na web e nos faz deparar com preciosidades que não procurávamos. Pois fui dar com os costados nesse El Dia E, do Instituto Cervantes, que entre outras atividades gravou vídeos com celebridades (argh!) personalidades de diferentes áreas falando sobre sua palavra favorita em espanhol. São vídeos curtos e saborosos como doces de festa, pequenos regalos que desempenham com galhardia a função de enaltecer e preservar a língua. Lembrou daquela outra iniciativa sobre a qual falei aqui, Save the words, e fiquei torcendo para que alguém tenha idéia de semelhante originalidade e leveza para dar uma força ao nosso combalido mas ainda belo português. Fico aqui com Isabel Allende, uma de minhas escritoras mais queridas, e sua palavra. Para facilitar segue o vídeo do YouTube, mas não deixem de visitar o site – lembrando que trata-se daquele tipo nos quais a gente se perde, pulando de vídeo em vídeo, descobrindo pessoas, palavras, tesouros.

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Helê

Bom finde!

Helê

Aventuras da vida real

08h38

Perdi meu vôo das 8h17. Que raiva de mim mesma. O pior é que era Aviâncora, e o próximo é só às 11h10. Ou seja, perdi a manhã inteira. Cheia de coisa pra fazer e vou passar duas horas e meia sentada no saguão do aeroporto Santos Dumont. Mimimi.
Sério mesmo, tô querendo cortar os pulsos de ódio. Podia ter ido à reunião na escola do meu filho, que desmarquei por causa da viagem de hoje. Podia não ter ficado até meia-noite de ontem fazendo trabalho da pós, já que agora tô com tempo de sobra. Podia ter dormido duas horas a mais. Podia estar adiantando a coisas de trabalho que se acumulam e só me fazem me estressar cada vez mais.
Mas não – estou aqui, sentada no saguão do aeroporto Santos Dumont, esperando chamarem meu voo e vendo passarinhos pela janela.

(Fal diz: ah, Monca, se pelo menos fosse em Congonhas você podia vir me olhar lavar a calçada, flor.)

10h25

Pois é. Agora veja. Já brinquei de joguinho no celular, já comi pão de queijo, já li revista, já falei com coleguinhas da pós por email sobre trabalho de grupo,  já dei instruções detalhadas para a equipe por telefone, já avisei a chefe em SP que vou me atrasar, já chorei no banheiro de pura raiva e agora estou pensando seriamente em comer um chocolate que deve custar o preço de uma barra de ouro. Tá calor, e cheio de mosquitos. E só agora vão começar a chamar o meu voo. Isto é , se meu anjo da guarda me tirar do castigo e não houver nenhum atraso.

10h43

Entrei na sala de embarque, comprei um bombom (ruim) de quase cinco reais, sentei pra ler o resto da revista. De repente, alto falantes bradam meu nome, me mandando comparecer ao portão 4. Uia! Será que meu vôo vai partir mais cedo? Será que a Aviâncora descobriu que estou sofrendo e encontrou uma maneira de resolver meus problemas?
Na verdade a gentil, só que ao contrário, mocinha que fez o meu check-in escreveu um nome totalmente errado no meu ticket de embarque, e subitamente eu virei Mônica B. Parece que escapei de ter a bagagem extraviada. Ou não.

Acabam de chamar um voo com destino a Porto Seguro, acho que vou nesse, ho ho ho

(Fal diz: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH, me leva.)

11h17

A partir deste momento é proibido o uso de aparelhos eletrônicos. Desliguem seus.celulares. São Paulo, aí vou eu.

13h10

Acredita que na hora de entrar no avião conheci a Monica B., a tal cujo nome foi colocado por engano na minha passagem? A atendente me deu bom dia e falou meu nome e duas jovencitas atrás de mim me contaram que quando uma delas chegou no balcão da companhia, disseram que seu check-in já estava feito! O check-in dela era eu! “Me falaram que tinha uma mala de oito quilos e eu disse que ia pegar!” Ha ha ha muito engraçadinha.
Vim do lado de um sambista do babado, com direito a traje completo: calça e sapato brancos, camisa listrada e chapéu. Acho que era o Walter Alfaiate.

***
O voo decolou com meia hora de atraso, mas suponho que devo me concentrar nos aspectos positivos da coisa toda e dizer que pelo menos tudo acabou bem. Tirando o fato de que em vez de chegar no escritório às dez da manhã, cheguei às duas da tarde.

E quem foi que disse que a vida real não tem emoção? Haja coração.

-Monix-

Até a volta

(Karly Mintz)

Ele partiu na madrugada passada, enquanto eu dormia. Assim fazem os amantes que não suportam despedidas. Eu permaneci sonhando: assim fazem os amantes que não suportam o abandono. O Verão se foi, retirou-se para dar lugar aos azuis únicos do Outono, encerrando um ciclo e dando início a um novo ano astrológico. Porque assim gira a roda da vida: despedidas, azuis, abandonos, sonhos, começos e retornos. Suportarei assim sua falta: resignada e confiante, distraída com outras cores, disfarçando saudades com expectativas.  Estarei aqui à espera e à espreita, porque cada volta tua há de apagar o que ausência tua me causou.

Valeu, Verão.

Helê

Bicicletas

Loja de bicicletas em Altlandsberg, Germany

(via Goodmemory)

Helê

Para Ju e Lau

A propósito da última coluna das Motherns na Revista TPM .

Pensando nelas me vem a imagem da ciranda, e a Rádio Cabeça começa a tocar a “Ciranda de Lia”, aquela de Itamaracá. Essa ciranda que nos deu foi Juliana Sampaio e Laura Guimarães Corrêa, que moram em Beagá. Essa ciranda que continua a girar, na qual entrei navegando e da qual já sei que jamais sairei, porque somos, afinal, amigas de infância: da infância dos nossos filhos, da nossa infância na rede, irmãs em armas, parceiras na vida.

Um amor escrito nos uniu: registrado num livro de visitas que subverteu sua origem e virou mesa de bar, consultório, confessionário, sofá, twitter e facebook antes de existirem, livro antes de ser publicado, programa antes de ser transmitido. Esse amor, agora gravado no chip da nossa memória afetiva e coletiva, manterá essa ciranda girando para além de nós, movimentando energias poderosas que elas captaram, nós potencializamos e devolvemos pro espaço cibernético, convertendo virtual em vital.

Será mesmo o fim de uma Era? Talvez seja apenas o mundo finalmente acompanhado vocês que, espertas, já não estão onde se espera encontrar, porque mentes sensíveis e corações perspicazes são mesmo de natureza inquieta e fugidia. Mas a conexão estabelecida não cai nem se perde: pulsa na frequência do nosso bem querer. Gratidão e carinho eternos.

(En Masse via conflictingheart)

Helê

Autorretrato 2

Homenagem para Rockweel

(Naolito via yuksekokce)

Helê

É de menino…

(ishmaelgaynor)

Helê

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