A última vez que acompanhei uma novela foi há exatos dez anos, quando estava grávida do meu filho e assistia O Clone enquanto fazia repouso absoluto durante oito longas semanas. Depois nunca mais me animei, até porque cada vez vejo menos televisão, por motivos de falta de concentração e desinteresse generalizado.
Daí que de repente me vi contagiada pela febre atual, a eletrizante Avenida Brasil. Se até a Veja considera que a vingança de Carminha é o assunto mais importante do país, na semana do julgamento do mensalão, quem sou eu para ir contra a maré? (Trabalhamos com ironia.)
Mas, como a última vez que assisti novela meu filho ainda estava na barriga (ver acima), ele ficou meio indignado com a novidade. “Quero minha mãe nerd de volta!” Aí eu expliquei que na verdade estou acompanhando Avenida Brasil para poder ter assunto no Facebook. Nerdice define.
-Monix-
Filed under: Máquina de fazer doido |
Odeio novela… mas essa tá bacana. Confesso.
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Cultura inútil, Monix: aqui em SP o título do seu post é grito de guerra skinhead. Quando vi, pensei que o texto fosse sobre eles…
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Eu não vejo uma novela desde que comecei a trabalhar à noite. Essa Avenida Brasil parece tãaaaao chata. Mas a Gabriela eu sinto não estar podendo assistir!
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Não estava sabendo da importância jurídico-política
e folhetinesca paralelas!!! Hummmmmm… balõezinhos, balõezinhos…
O que estará acontecendo neste Reino Verde-Amarelo???
Cá entre nós, depois de oito (menos dois, tá Monix?), assistindo
pouquíssimo à TV, não é que acompanhei “A Vida da Gente”
e agora ‘alguns capítulos’ de com licença da expressão “Avenida Brasil”?!
Mas… segundo uma ídala minha: Rita Lee,
ouvi com estes ‘uvidos’ no show:
— “Novela também é cultura, brasileira, tão por fora!”
Na antropologia, em específico sociologia, tudo se estuda,
e com o tempo (aglutina-se, absorve-se por osmose, é a globalização),
sem querer, querendo: a novela é um gênero literário,
reflexo de uma sociedade, que prefere assimilar rápido e fácil,
questões várias ontológicas e sociais, ‘in other words’:
Permitem-se ser aliciados, senão vejamos: o vestir, decoração,
jargões, em toda área comportamental.
Nada se faz, sem antes consultar… as novelas. E-xa-ta-men-te.
Convenhamos que em toda forma de arte, existe alguma conclusão,
dependendo de como foi construída, ‘esse’ como foi construída,
é perfeitamente, a parte “invisível”, digamos o esqueleto da literatura.
Exato o que o povo não percebe, os elementos linguísticos,
que provam ela ser bem construída em todos seus elementos.
Mas se adentrarmos nesta questão, ela (a novela – estilo), incorrerá
em tornar-se erudita, e tal como célebres escritores e estilos literários
passarão a ser objetos de estudo: TESES! já devem existir.
Com tanta confusão uma a mais, uma a menos, qual a diferença?
Por esclarecidos que sejamos, na situação de anos a fio,
algumas pessoas, querem mesmo é uma válvula de escape,
vivemos dias em que se rir com a alegria e de igual modo com a desgraça,
porque já não se sabe mais — porque está rindo!
E viva Billy Blanco!!!
o que dá para rir, dá pra chorar,
questão só de peso e medida,
problema de hora e lugar,
mas isto são coisas da vida.
Tem gente que ri da desgraça
Duvido que ria da sua
Se alguém escorrega onde passa
Tem riso do povo na rua.
Abração meninas!
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Opa, então tô liberada :-)
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Hahahaha adorei o texto. Eu sou noveleira desde o começo da vida, mas confesso que andava meio desanimada com “tudo isso que tá aí”. Até “A Favorita”, que me inspirou até um texto astrológico (fiz uma análise do céu daquele momento, referindo a dois personagens da novela) – João Emanuel Carneiro, versão 1. Aí quando chegou Av. Brasil, vulgo Oioioi, eu já sabia. E é isso mesmo. OBA! Minhas novelas de volta!
P.S. Devo dizer que tive o cuidado de educar muito bem meus dois filhos para serem noveleiros junto comigo. Não tem conflito!
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