Durante um aniversário no fim de semana, que reuniu algumas dezenas de pessoas, me dei conta de que eu era, possivelmente, a única mulher com mais de 30 anos que não tinha o cabelo pintado. Inclua entre os presentes três tias minhas, duas das quais com mais de 70 anos. Eu ali, grisalha iniciante, me peguei transgredindo uma norma não escrita mas nem por isso flexível. Nunca imaginei que poderia ser rebelde por ter cabelos brancos.
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“Cozinhar é uma tarefa mágica. Aparentemente prosaica, talvez, mas carregada de simbolismos e força. Cozinhar é dessas tarefas que ocupam o corpo, permitem a canalização das emoções. E têm por objetivo alimentar, dar ou sustentar a vida, confortar, ativar prazeres“. Ana Paula Medeiros, 9 de julho de 2012
Assim que possível essas palavras vão decorar (e temperar) minha cozinha. Na esperança de que as doces palavras de minha amiga me deixem mais confortável nesse espaço que eu não domino, mas de onde eu sei que vem poder e magia.
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Barriga tanquinho. Não é que eu não goste. Não dispenso – porque quem dá dispensa é médico. Ou por outra: como porque eu sou de comer (se fosse líquido eu bebia). Mas definitivamente não está no topo da lista, nem está na lista, indeed. Tem algo de fake, como peitos de silicone. Homens musculosos demais eu passo sem pensar duas vezes. Parecem tratados com agrotóxico, desconfio do mesmo modo que de pimentões acima do normal. Homens: prefiro os orgânicos.
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Meu problema não é oscilar entre o otimismo da Oprah nem o cinismo do House. O que me mata é ter Dolores Umbridge como SuperEgo (piadas interna para Pottermaníacos e terapeutas. Muito interna. Me interna).
Helê
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