Casais

 

Cada vez que eu olho o post as imagens aparecem numa ordem diferente (?!), então vou identificar as imagens sem considerar a posição que ocupam: casal ao lado da janela com árvore: Clare Elsaesser; casal de pé:  Venus and Sailor, Salvador Dali; casal no banco de praça: Impulsive“, Ron Hicks; casal de costas:  Raphael Perez; casal no sofá:  Imageof1love; casal com mulher ruiva:  Joshua Bronaugh.

Sem querer, acabei fazendo um exercício interessante de identificação…

Helê

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Troféu

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(Etsy)

Da série Corações

Helê

 

Monix day – edição 2016

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O que faz uma morena linda e gostosa dançando no Dufas em plena segunda-feira? Comemora o aniversário de outra, ou melhor, de la Otra: a minha, a sua, a nossa Monix! Ok, não é uma morena qualquer, é Sophia Loren, mas tão pouco a nossa é gente de somenos importância. Muito pelo contrário: ela é demais, extraordinária mesmo, como diria o já citado urso Balu. Então vamos celebrar com abraços e carinhos e beijinhos sem ter fim, além de comentários por aqui, certo?

Lindona, mi sóciamada, pra você tudo de bom e de boas, assim mesmo no plural farto como você merece! Aliás, taí uma boa coisa pra desejar, se me for dado apenas um desejo: fartura pra você, taurina querida, de todas as formas, em todos os campos.

Feliz aniversário!

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Helê

 

Salve São Jorge! Valei-me!

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Tem fé que Jorge há de ajudar a todo povo brasileiro guerreiro!

Helê

 

Excluída

Domingo não quis acompanhar a votação sobre o processo de impítima da presidenta, não vi sequer uma imagem. Não quis passar por isso; achava que daria no que deu, e eu, sinceramente, quis me poupar. Bastou ter sido acordada às 11 e tanto da noite por sons que custei a compreender – a bem da verdade, não compreendo até agora, só lamento mesmo a burrice alheia.
Do que soube por amigos, a votação foi muitíssimo parecida com a do Collor, há 24 anos (a Velha Louca que toma conta da minha memória jura que isso tem uns 10 anos, 15 no máximo. A Matemática prova que passaram-se duas dúzias de anos; só me resta resignação e um longo suspiro). Naquela ocasião a gente debochou da mesma bizarrice de votar pelaminhamãe-meudeus-minhapropriedade, mas não deu muita bola porque o que importava era derubar o Collor. Fiquei com a impressão que erramos: devíamos ter reparado melhor nisso. 24 anos depois o Congresso parece não ter evoluído – pior, parece ainda mais bossal, rudimentar e descarado. Houve, em 92, quem falasse em militares, eles sempre tiveram representação legislativa. Mas o que se viu ontem ultrapassou qualquer limite da ética e da decência, foi deboche, escárnio contra uma pessoa que foi torturada e que ainda preside o poder executivo do país. (Falo daquele que não deve ser nomeado – não porque eu tenha medo, mas porque não se amplia a voz dos imbecis e nem se propaga o nome dos bossais.)
Do muito que li sobre ontem domingo, uma frase não me sai da cabeça e me corta o coração mais que a política rasteira e torpe que se pavoenou na tevê. Comentando um texto da minha mestra Maria Helena Ferrari, a Adriana Dutra disse: “O Brasil que a gente viu é o Brasil. Não somos o Brasil”. Talvez haja algum exagero na frase, um bocado de desesperança e uma boa dose de mágoa, mas me assusta pensar no tanto de verdade que há nessa conclusão.

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Desenho de Kleber Sales, via Ary Moraes

Helê

O menino e a selva

Quando eu era bem pequena, tive um avô gente boa, que me botava para navegar em cima da sua barriga e contava histórias imitando vozes engraçadas – a mais marcante delas era o Mogli, cuja versão Disney foi lançada três anos antes de eu nascer. O “vovô Bagui” (nosso jeito tatibitati de chamá-lo de Baguera) morreu antes de eu completar seis anos de idade, e minha lembrança desse avô querido sempre ficou meio misturada à jornada do menino-lobo criado pela pantera protetora e o urso divertido.

Agora está nos cinemas um filme que reconta a história do Mogli, com uma roupagem de aventura mais apropriada às infâncias do século XXI. O fato de não ser uma animação permitiu um aprofundamento um pouco maior da trama e dos personagens – por outro lado, ainda é uma história contada do ponto de vista de um menino, o que garante alguma leveza à experiência.

A história de Mogli, de certa forma, é uma alegoria sobre a jornada da humanidade – da selva à civilização, ou da infância à vida adulta. Mogli é o símbolo do engenho humano, da vivacidade, da anima em seu sentido mais filosófico. Baguera representa a lei e a ordem, às quais precisamos nos ajustar para sobreviver e superar o caos da natureza. Já Baloo é o princípio do prazer, a vida em suas bare necessitites – o extraordinário já é demais. O tigre Shere Khan é a violência incontida, a agressividade que foge ao controle, e que precisa ser superada com o amadurecimento. Kaa é o inconsciente onírico, as memórias latentes que vêm à tona e eventualmente nos ajudam a equacionar crises. A alcateia simboliza a família e a proteção que ela nos dá – e, também, a necessidade de se transcender o pai, que “matamos” ao chegar à vida adulta. Os macacos do rei Louie são a transgressão, a malandragem, o outro lado da moeda, eventualmente tão necessária para nossa sanidade mental. Por fim, os elefantes, que nunca esquecem, estão lá para fazer nosso vínculo com as tradições ancestrais – eles “criaram tudo”, é o que conta Baloo.

Talvez eu tenha uma ligação afetiva muito forte com o menino-lobo para ser capaz de elaborar uma análise objetiva. O fato é que me emocionei em rever suas aventuras na selva.

-Monix-

Daquilo que eu sei

Eu não sei fazer imposto de renda, nem trocar pneu. Não lavo o banheiro direito, não canto nem toco instrumento, não sei fazer arroz.

Estaciono muito mal e não consigo chutar uma bola na direção certa. Não lembro de quase nada, muito menos de um argumento na hora de uma discussão. Muitas coisas não sei, e não digo isso no sentido socrático.

Uma coisa eu sei: escrever. É o que faço, pronto. O resto, deixo para os outros, que sabem.

-Monix-

Remexido

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(Salvo de justagifs.tumblr.com)

 

Da série Corações

Helê

Suspenso

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Da série Corações.

Helê

Sábado

Stumblr_n3q61b20Q81s8ek8lo1_540emana mais tensa que cansativa – mas tem cansaço mais legítimo que o da expectativa sobre o que pode dar errado, o que será que vai dar certo? Chega a sexta e quero relaxar, me divertir, dançar e descansar – verbo esse que adquire uma força desproporcional diante dos demais, sobrepondo-se a todos eles. Resultado: casa. Mas antes de enfrentar a cama de solteiro, uma caipirinha, durante a qual decido que amanhã não tenho hora pra acordar! O que, na vida real, significa acordar 7h30, mas pelo menos sem ser a mando de ninguém, nem de mim. Acordada sim, mas de bobeira na cama, vamos levantar sem pressa, faz de conta que acordei 11h como todos os meus amigos normais fazem num sábado (sobetudo os normais que, como eu, acordam sorridentes às 5h no domingo pra correr). De vez enquando passa aquela proteção de tela na mente, lembrando que há coisas pra fazer, gente pra ver, filme pra assistir – por que o fim de semana é tão terrivelmente curto, cacete?! O uatizapis começa a pipocar me cobrando providências, e na verdade eu mesma havia escrito, durante a caipirinha, uma lista sumária de verbos a conjugar no finde, para evitar aquela inevitável angústia dominical. Decido que afinal é hora de acordar o cérebro, vamos tomar o segundo café e ver se ele consegue esse feito. Depois é só sentar, e analisar a lista – eu, aloka que admira subverter a ordem e fazer lista, me deixa. Basta escolher o que fazer e em que ordem, pensando no que é inadiável, no que é necessário e o que é possível. Como na lição de inglês em que somos ensinados sobre a diferença entre must, have e can.

Ah, se ao menos eu tivesse sido capaz de aprender isso! For sure, forever.

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Escrever ganhou momentaneamente dos outros verbos. I had to

Helê

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