Uerj

Eu não me considero uma pessoa muito nostálgica – até porque minha memória tipo queijo suíço, cheia de buracos, perde muita coisa pelo caminho. Dos lugares por onde passo em geral retenho o mais importante – as pessoas. Daí que hoje voltei à minha universidade, levando a filha pra fazer uma prova. E fui invadida por uma inusitada e intensa nostalgia; bateu uma saudade danada daqueles corredores, pátios, da poluição visual dos milhares de cartazes, das histórias que vivi, da pessoa que eu fui ali, da efervescência do ambiente universitário.

A Uerj não foi a minha primeira opção, mas uma vez ali eu soube que estava no lugar certo. De lá trouxe pessoas importantes que até hoje estão na minha vida (ô sorte!); por estar lá cheguei até aqui – e, na real, não posso me queixar. Suspeito que os encontros que faria na ECO (a 1a opção) aconteceram de um jeito ou de outro. Assim foi com a minha Sócia aqui neste blotequim, com quem certamente cruzaria na Federal – mas teríamos firmado essa frutífera e invejável parceira então? Jamais saberei, mas o que precisa ser encontra seu caminho, maktub.

Em pouco tempo de Uerj eu dominei os códigos, fiz amigos e me senti totalmente à vontade. Logo percebi que aquela universidade, ao lado da linha do trem, entre Mangueira e o Maracanã, a mais carioca de todas, era o meu lugar. E hoje ao voltar lá com a minha filha eu me emocionei por reconhecer a universidade combativa que me formou.

A Uerj resiste – sobretudo no meu coração.

Helê

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3 Respostas

  1. Helê, você sabe que eu coordenador de comunicação da Rede de Bibliotecas da UERJ, não sabe?

    Vc me autoriza a usar esse post em nosso blog ou no FB da Rede?

    Abs.
    MarcosVP

    Oi, VP, tudo bom?
    Sabia que você é servidor, mas não o cargo. Claro que sim, será uma honra.
    Aquele abraço,
    Helê

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  2. Helê, tive o prazer de estudar nas duas em momentos muito diferentes da minha vida e sei que isso conta muito, claro. Mas a Uerj – e eu conheci a Uerj pós-cotas – tem uma vida que pulsa naquele cimento de uma forma que me emociona só de passar pela porta. Tem gente ali. Cor, calor, suor. Sensação de pertencimento. E nem vou falar da vista pra Mangueira porque aí já é covardia, né?

    Ah, Rê, sabia que você concordaria! E olha que eu sou da Uerj pré-cotas.
    Com você eu esbarrei no Pentágono, escapei de conhecer na Eco mas encontrei on line porque, né? Maktub, grazadeus :-D
    Beijo enorme, Lindona, eterna Supreme aqui do Dufas.
    Helê

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