Então: aconteceu de novo. A Copa do Mundo correndo solta e euzinha, aquela que só gosta de futebol de quatro em quatro anos, saí do país.
É que, apesar de para nós, brasileiros, isto parecer estranho, o mundo não para por causa do futebol. Os gringos marcam congressos internacionais bem no meio da Copa e não há nada que se possa fazer. Era uma oportunidade que eu não podia perder, que me trouxe experiências incríveis, tanto academicamente quanto no nível pessoal. Então eu fui. Mas no meio do caminho tinha um jogo. E, como eu disse para uma professora sul-coreana que me perguntou “vem cá, não tá rolando uma Copa do Mundo de futebol enquanto estamos aqui?”, para nós, brasileiros, essa competição é um big deal.
Aí que a ideia era só “dar uma olhadinha” no jogo e depois sair para os paineis da manhã. Como se isso fosse possível.
Não sei se vocês sabem, mas aquela senha ixperrta que a gente tem para “multitelar”, como diz a propaganda da TV por assinatura… bem, ela não funciona no exterior.
Então eu e minhas roomates brasileiras acabamos tendo que criar uma gambiarra para conseguir assistir o jogo pelo celular, em um link pirata, em um esquema que, como diria minha orientadora do mestrado, só pode ser classificado como “celular de guerrilha”.
Isso foi no dia do jogo contra a Costa Rica. Imaginem a tensão de ver aqueles dois gols nos acréscimos em um celular precário cujo sinal caía a cada 2 minutos, mais ou menos. (É, os paineis da manhã dançaram e as brasileiras ficaram mesmo foi no dorm assistindo o jogo pelo celular. Os gringos que nos desculpem, mas há momentos em que um valor mais alto se alevanta.)
Voltei para o Brasil no dia do jogo contra a Sérvia. Depois de uma noite sem dormir no avião mais desconfortável do mundo (todos são, eu sei), assisti o jogo com um olho fechado e o outro aberto. Mas cumpri meu dever cívico, isso é o que importa.
Agora é torcer para a seleção do Tite não decepcionar e me deixar pelo menos curtir mais alguns jogos. Vai, Brasil!
-Monix-
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