Achei a foto ótima assim que vi; primeiro, pela plasticidade do gesto, e depois por ser um chefe de Estado despido do protocolo e (in)vestido da paixão de torcedor. O sempre atento Conexão Paris reproduz matéria do Le Perisien que desvenda como foi feita a foto que viralizou, num ambiente supostamente imune a fotógrafos.
Quando escrevi o post-retrospectiva da Copa, eu usei a expressão “Black, blanc, beur” para falar da seleção francesa. Li na matéria da BBC e pareceu adequada para identificar um time de filhos e/ou netos de imigrantes com ascendências africanas diversas. Cheguei a postar uma imagem que detalhava as origens de cada um deles, mas depois apaguei. Fiquei em dúvida, pensando se supervalorizar a afrodescendência de jogadores poderia contribuir para desvalorizar a condição de franceses. Por outro lado, há os quem os querem apenas franceses e nada mais – a rusga entre um comediante americano e o embaixador francês ilustra bem a situação. Para tentar compreender a complexidade do quadro e suas muitas nuances, assista ao excelente Le Bleus – une autre histoire de France 1996-2016. Acompanha todas as tensões, desdobramentos e impasses que uma seleção mutirracial campeã do mundo trouxe para um país que oscila entre o racismo confesso e uma débil tolerância. Está tudo lá, e a final desta copa da Rússia talvez tenha sido a cena final do filme.
Helê
Mas agora é o tal de Haddad…
Brasileiro de universidade (UFMG) adora petismo brega e lulismo apedeuta (contradição, pois lula é apedeuta). E não por acaso o tal Haddad foi RUIM ministro da educação.
Haddad = o porralouca da USP e, por tabela, cá de Sampa!
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black-blanc-“beur” e não “bleur”
pas de quoi
Obrigada! 😘
H.
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Obrigado pela citação! Abs!
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