Educação, balbúrdia, vida

Eu não fui, nos anos da educação básica, uma aluna estudiosa. Fui, sim, interessada, participativa, curiosa. Mas não estudiosa.

Daí que quando me formei na graduação fiz uma pequena cerimônia de libertação, rasgando as folhas do fichário que usei na faculdade, os textos em xerox que já não seriam mais necessários, etc. E à la Scarlett O’Hara fiz uma promessa mais ou menos solene de que nunca mais passaria fom… ops, não era isso. A promessa era de que nunca mais na vida eu iria estudar.

Mas aos vinte e poucos anos a gente é mesmo besta, não é? E “nunca mais” lá é promessa que se faça?

Enfim. Veio a necessidade de me aperfeiçoar e fui fazer uma pós-graduação. A sensação de ser a “tia” da turma foi engraçada. Eu tinha a idade dos professores, estava pagando para estudar pela primeira vez na vida, para fazê-lo deixava meu filho pequeno em casa com uma babá… não estava lá só pra ter um certificado bonito. Eu queria aprender. E então me vi quebrando minha promessa solene. Estudei, e gostei.

Depois que terminei a pós, fui convidada a dar aulas. Ensinei, e gostei.

Nos últimos anos tem sido assim: às vezes eu estudo, às vezes eu ensino. Acabei de terminar o mestrado. Estudei muito, mais do que nunca na vida. Fui feliz.

Hoje dou a última aula de um curso de extensão na Uerj. Foram cinco (ou seis?) semanas em que frequentei, pela primeira vez, este heróico campus. Cheguei um pouco mais cedo e estou escrevendo este post sentada em um corredor por onde passam estudantes de todos os tipos e tamanhos: uma universidade é, sem falta, um ambiente efervescente, fervilhante, onde a energia da criação é tão intensa que quase pode ser tocada. A Uerj vive porque toda Universidade vive.

Tem balbúrdia, sim, seu ministro que não merece nem ser linkado. Porque a juventude é barulhenta, graças aos deuses. Barulhenta, colorida, entusiasmada, esperançosa e ligeiramente transgressora, como nós, do alto da nossa idade e experiência, muitas vezes não conseguimos mais ser.

Acho que foi isso que vim buscar quando quis voltar a esse lugar. E encontrei.

-Monix-

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Monix Day – edição 2019

É hoje, gente!

Dia de afofar nossa mais recente mestra, nossa querida Hermione que também atende por Aria Stark, e é só charme discreto e sorriso nesse flagrante obtido por um dos muitos paparazzi que nos perseguem, hahahaha! Mandem comentários, felicitações, presentes, elogios, fofices – nudes não, que a moça é comprometidíssima.

Queridona, vou pegar todos os desejos dos últimos Monix day e dobrar a meta, combinado? Seja feliz sem moderação.

Amo você,

Helê

Rabugices & implicâncias

Pode ser que a idade esteja me deixando mais ranzinza ou apenas removendo meus filtros (estágio da vida também conhecido com Síndrome de Dercy Gonçalves, quando você acha que a idade é salvo conduto para sua personalidade. Perigoso ou divertido, depende da narrativa). Mas a verdade é que me sinto cada vez mais sem paciência para certas coisas, e reviro os olhos tão forte que me doem as órbitas. São várias pequenas coisas, entre as quais agora me lembro dessas:

 
– a expressão apreender menor, para falar da prisão de infratores crianças ou adolescentes. Não, apenas não. Você apreende cocaína, carro roubado, 15 quilos de ecstasy, você não apreende uma pessoa. (E quase se esquece do que se trata – pessoa – usando apenas um adjetivo que determina que ela é menos que… qualquer um, um menor). Inventaram isso de “apreender”  de uns tempos pra cá e deve ter alguma razão, mas nunca me apresentaram nenhuma e como eu gosto das palavras, defendo suas funções e significados. Se a prisão de um menor de idade é diferente da de um adulto, ele não pode ser detido, recluso, internado, até recolhido (que também não me agrada), no melhor dos mundos, acolhido? Apreendido é droga, arma e bicho – é disso mesmo que estamos falando?


– Profissão: criativo. Puta.que.pariu. Desculpaí, mas eu não consigo ler ou ouvir isso sem uma reação intensa, que varia entre um palavrão e uma gargalhada. Porque pra mim situa-se entre a arrogância e a completa falta de noção. “O que você faz?” “Sou criativo.” Eu tenho vontade de responder: “eu sou honesta. Eu queria mesmo ser bonita, mas a relação candidato/vaga…”. Imagina se os médicos resolverem agora  que se chamam salvadores. Então você nomeia a sua função com a qualidade mais apreciada na sua profissão? Isso me parece uma jogada publicitária…ruim, muito ruim.

– o que me leva a outra roll my eye balls muito forte: propagandas de entidades assistenciais. São todas dolorosamente deprimentes e eu tiro do canal todas as vezes que elas começam. As músicas são tristes, as imagens pavorosas, são sempre loooongas demais e quando o controle some e você não consegue tirar do canal, esses comerciais só conseguem me provocar pena e culpa por não estar querendo ver aquilo. Nunca vi um sequer que tenha me motivado a fazer uma doação, e todas essas instituições fazem trabalhos inquestionavelmente importantes: Médicos sem Fronteiras, Action Aid, Unicef, todas elas vão a lugares onde governos não chegam e realizam o trabalho que ninguém quer fazer. Mas a propaganda que fazem é péssima porque não estabelece empatia com o público, e causa incômodo. Até nós, consumidores, já descobrimos que a propaganda lida com emoções. Vender tênis e cerveja: ok; engajar pessoas em doações humanitárias está na coluna de desafios. Eu não sei como fazer , mas eu fiz jornalismo e não publicidade – cadê o criativo quando a gente precisa dele?

Helê

PS: Amanhã é aniversário da Monix, depois não vale dizer que não comprou presente porque não sabia….

Eu estou feliz porque sou da sua Companhia

Helê

Breviário Dufas

Somos, como se sabe,  duas senhoras. Juntas, somamos quase cem anos… de conexão. Tão senhoras que usamos a palavra breviário (!). Em quase 15 anos de blogagem,  cunhamos algumas máximas (e outras tantas mínimas). Aceitamos contribuições que nós porventura tenhamos esquecido:

  • Antes tarde do que mais tarde ainda.
  • calabocajámorreuquemmandanomeubloguesoueu.
  • Não me peça de graça a única coisa pela qual eu posso cobrar.
  • Escrever, essa arte de fazer pessoas e influenciar amigos. Ou vice versa.
  • Não se amplia a voz dos imbecis.
  • Servimos melhor para servir sempre. 
  • Coerência: não trabalhamos.

Las Dos Fridas

PAREM DE MATAR OS PRETOS!

O Estado não tem passe livre para matar nenhuma pessoa (ainda que suspeita de cometer um ato ilícito). Portanto, La Otra tem toda a razão e o direito de também exigir não tornar uma vítima da violência policial-militar.

Eu, quando digo parem de nos matar, evidentemente estou falando como uma mulher negra de origem classe média baixa, alguém mais suscetível à violência institucional e mais imune às raras políticas compensatórias estatais. 

Olhem para Evaldo dos Santos Rosa, fuzilado pelo exército, numa rua de Guadalupe. Olhe para rua e os que fazem parte da cena, entre familiares, passantes e curiosos. Você imagina a vítima com um sobrenome Werner, de pele clara e cabeleira loura, e o trânsito interrompido numa esquina do Leblon? E não uma, mas OITENTA balas perdidas?

Ou a gente discute racismo ou ele matará todos nós, de um jeito ou de outro.

Helê

 

Oitenta

No momento em que escrevo este post, a hashtag OITENTA TIROS está no topo dos assuntos mais comentados do Brasil no Twitter.

Essa é a história mais trágica de um período em que a tragédia virou cotidiana para nós brasileiros. Uma família estava indo para um chá de bebê quando, segundo contam todas as testemunhas – e como mostram algum vídeos -, o carro branco em que estavam foi fuzilado, sem motivo aparente, por militares. Nos vídeos, aparecem um tanque camuflado e um jipe do Exército. Não consegui entender de qual dos veículos partiram os tiros, ou se dos dois. Mas foram oitenta. OITENTA.

A Helê disse, em outro lugar: parem de nos matar. Essa é a primeira coisa, de fato, que deve ser dita.

Parem. De. Nos. Matar.

Eu tenho outras coisas para dizer. Basicamente perguntas, que não sei se serão respondidas.

A primeira coisa que eu gostaria de entender é o seguinte: a intervenção militar no estado do Rio não tinha terminado no fim do ano passado? Por quê, então, militares do Exército estavam “patrulhando” Guadalupe, bairro próximo à Vila Militar? A primeira informação divulgada foi de que os militares teriam disparado os tiros após serem alvejados por um carro conduzido por “bandidos” (assaltantes? traficantes? não sabemos). Então, antes de mais nada, eu gostaria de saber com que atribuição os militares do Exército estavam atirando, seja lá em quem for. (O mais triste é escrever isso e temer ser acusada de estar defendendo bandido, como já fizeram com o jornalista Carlos de Lannoy. Conto com a insignificância da nossa audiência para – ainda – poder afirmar essas coisas sem o risco de entrar no turbilhão de misunderstandings que se chama internet.)

A segunda coisa que me deixou confusa – e, vejam, além de não estar “defendendo bandido”, muito menos estou advogando a eficiência das forças de segurança na eliminação de pessoas, quem quer que sejam – foi o baixo índice de acertos. Assim, não é que eu quisesse que cinco pessoas tivessem morrido, nem mesmo se fossem os tais bandidos que não sabemos quem são nem de onde vinham nem para onde foram. Mas, só para tentar entender a lógica por trás do que se queria que tivesse acontecido, vamos supor que o carro branco tivesse cinco perigosos traficantes, e não uma família indo para um chá de bebê. Os militares dispararam OITENTA TIROS e acertaram três no motorista, que morreu, e um número desconhecido (eu não vi) no sogro, que está ferido, e em um homem que passava na rua e tentou ajudar. A mulher do motorista, o filho e uma outra passageira do carro simplesmente abriram a porta e saíram correndo. Então me expliquem, se puderem: que raio de execução é essa? Nem para exterminar os bandidos os nossos homens da lei servem? Na melhor/pior das hipóteses, dos OITENTA TIROS disparados, dez acertaram os alvos? A ideia é o quê? Atirar a esmo e torcer para alguma bala encontrar algum alvo? Eu pensei que o plano (péssimo, mas enfim, um plano) era botar snipers, atiradores de elite, para eliminar cirurgicamente os malfeitores. Isso que aconteceu em Guadalupe é o exato oposto do que as autoridades andaram dizendo que iam fazer (e que, de novo, mesmo se desse certo já seria uma péssima ideia).

Por fim, uma questão que é quase existencial. Imaginem se o motorista do carro branco tivesse uma arma. Ele era um cidadão de bem. Na circunstância de ser atacado como foi, se houvesse tempo e oportunidade, e ele reagisse atirando… isso poderia, Arnaldo? O cidadão de bem que é atacado por outros cidadãos de bem, assim, “por engano”, faz o quê? Atira de volta e aumenta a carnificina?

É bem provável que ninguém responda a nenhuma das minhas perguntas, mas eu precisava compartilhá-las com vocês.

Ah, e last, but not least: Parem. De. Nos. Matar.

-Monix-

Precisamos não falar sobre isso

Na época da Guerra Fria, a antiga União Soviética se utilizava de técnicas de propaganda com o objetivo de fazer seus alvos agirem de acordo com seus interesses, mesmo sem perceber. A partir de 2008, essas técnicas começaram a ser adaptadas para o ambiente digital , até que em 2014 os russos finalmente chegaram a um novo modelo de propaganda, que foi chamado, por especialistas em segurança, de firehose of falsehood (“jato de falsidades”), em referência ao jato d’água provocado pela mangueira de pressão usada pelos bombeiros.

Mas por que essa analogia com a mangueira dos bombeiros?

É que a técnica do jato de falsidades (ou seria a mangueira da falsiane? Decidam aí) se caracteriza por usar um grande número de canais para distribuir um número ainda maior de mensagens, em geral verdades parciais ou mentiras. A propaganda do jato de falsidades é rápida, contínua, repetitiva e não tem compromisso nem com a coerência, nem com a realidade objetiva. É como se a gente estivesse constantemente levando um jato d’água na cara, sem conseguir reagir direito. Tipo nocaute técnico.

Foto: Tristin English, via Scott Air Force Base

Os especialistas que descreveram esse fenômeno explicaram que embora quem usa a tática não tenha compromisso com a verdade, isso não significa que tudo o que eles compartilham seja falso.

E agora a gente faz uma pausa para perguntar: tá parecendo com alguma coisa que vocês viram acontecer recentemente aqui no Brasil?


Pois é. A campanha eleitoral do ano passado foi um caso que provavelmente no futuro será estudado como um clássico do jato de falsidades.


Só que, gente, a campanha já acabou! E nós temos um problema: um governo que adota o jato de falsidades como método. Precisamos entender isso o quanto antes, se não quisermos passar os próximos (quatro-oito-seiláquantos) anos correndo atrás de desmentir absurdos ou questionar batatadas do presidente e da primeira-família. O clã e seus asseclas assumiram o governo e continuam muito eficientes no uso da tática. Diariamente, eles atiram várias informações desconexas para todos os lados, intensa e continuamente, confundindo a oposição. Estão nos nocauteando com informação e contra-informação. Enquanto a gente passa três dias protestando contra as comemorações pelo golpe, ou pela aparente maluquice de afirmar (em Israel!) que o nazismo foi de esquerda, eles estão preparando um pacote, vejam só, que prevê “retirada de barreiras regulatórias para o melhor funcionamento do mercado. Os setores que passarão por ajustes regulatórios são: saneamento, propriedade de terras, óleo, gás, medicamentos, planos de saúde, bancos e comunicações.” Legal, né? Indústria farmacêutica, planos de saúde e setor bancário com menos regulamentação. É bem disso que estamos precisando.

A gente sabe que é muito difícil não cair nas armadilhas do jato de falsidades. Afinal, como não falar sobre certos temas? Como não se indignar com essa gente que insiste em tentar ressignificar o passado como tática para obscurecer o presente?

Tem gente muito qualificada, no mundo inteiro, tentando descobrir como desmontar a tática do jato de falsidades. Não temos a pretensão de descobrir a fórmula mágica que vai salvar o Brasil dos mentirosos malvadões. Mas a gente só queria dizer pra vocês que estamos cansadas. Não dá para passar a vida repetindo o óbvio, disputando narrativas sobre coisas que já passaram, e que são sofridas, e que, pior ainda, são apresentadas numa linguagem espetacularizada, como se estivéssemos falando de um episódio particularmente tenso de uma série da Netflix.

Não, gente. É a vida real, é um passado até bem recente, são feridas mal cicatrizadas que inclusive ameaçam infeccionar.

Então a gente tem pensado muito sobre tudo isso, e por mais complexa que seja a saída, de uma coisa a gente tem certeza: precisamos falar menos sobre o que eles querem que a gente fale. Precisamos buscar formas de recusar sermos pautadas pelo outro lado. Vamos falar do que a gente gosta, do mundo que a gente quer, das coisas que a gente acredita. Vamos?

As Duas Fridas

Cenas dos próximos capítulos

Entramos hoje no mês do meu aniversário. É um momento em que inevitavelmente rola uma reavaliação, um “o que estou fazendo da minha vida”, uma olhada para trás e para frente pensando no que já foi e no que ainda vem, etc.

Nem com bola de cristal tá dando pra prever o futuro…
(Foto: Sindre Strøm no Pexels)

Daí que me dei conta que justo neste mês eu defendo minha dissertação de mestrado e dou mais um passo nesse longo processo de transição de carreira que começou, vejam só, em abril de 2015, quando pedi demissão de um emprego considerado bacana mas que já não me satisfazia. Fui atropelada por um cenário econômico apavorante, e os últimos anos têm sido bem mais difíceis do que eu previa em meu planejamento, mas continuo firme no meu propósito de construir minha terceira carreira.

A primeira foi de jornalista, principalmente na TV Manchete, com brevíssimas passagens por outras emissoras e uma produtora independente. A segunda foi na comunicação corporativa. Durou muitos anos e me fez aprender muito, inclusive algumas habilidades que são úteis para fazer jornalismo. Aqui no Brasil essas duas atividades são consideradas parte da mesma profissão (jornalista), mas eu acho que são coisas bem diferentes e deveriam ser tratadas como tal.

A terceira, para a qual venho me preparando nos últimos anos e que aos poucos começa a se desenhar melhor, deverá ser algo que mistura um pouco de professora, um pouco de consultora, talvez um pouco de alguma coisa que ainda não tem nome bem definido. Basicamente, quero dar aulas em universidades, quero capacitar professores e profissionais para entender as novas mídias e a vida digital, quero, em resumo, transmitir conhecimentos que acumulei ao longo de uma vida.

Essa mudança não foi um “Plano B” para enfrentar o desemprego. Foi uma escolha meio maluca, num momento péssimo, mas enfim, uma escolha. Terminar o mestrado com quase 50 anos de idade me parece loucura. O que vem depois? Mais quatro anos de doutorado? Deveria ter começado tudo isso muito mais cedo, penso frequentemente. Mas aí olho para trás (e para frente) e percebo que tudo o que aconteceu na minha vida me trouxe até aqui. Não poderia ter sido diferente. O frio na barriga é inevitável. Sigo em frente assim mesmo.

-Monix-

Coltrane

Cheguei até “Chasing Trane” porque precisava de conforto e digitei na pesquisa da Netflix: ‘Denzel Washington’ (desculpa, Idris, mas nessas horas eu preciso de algo mais sólido, de uma relação longa e estável na minha vida). Além dos filmes que vejo e revejo tanto quanto crianças veem Frozen, tem um ou dois clássicos dele que não vi pra economizar pra um momento de necessidade. E apareceu esse documentário sobre o saxofonista John Coltrane, que eu comecei a ver curiosa pra saber se Denzel apareceria dando algum depoimento. Logo vi que não: ele é a voz de Coltrane nos momentos em que são lidos pensamentos, trechos de entrevistas e poemas do músico que tocou com lendas e tornou-se, ele mesmo, uma delas. Denzel Washington foi apenas uma isca para mim (e para vocês, neste texto): o documentário é um primor, não deixe de ver se tiver oportunidade. John teve uma vida injustamente breve (dsclp o spoiler), porém incrivelmente plena, e os depoimentos ao longo do filme não deixam dúvida sobre sua importância para a música. Você não precisa ser entendedor nem amante de jazz – eu não sou -, basta gostar de música e de boas histórias. Terminei de ver emocionada às lágrimas, catando discos do Coltrane no Spotify e ligeiramente apaixonada por ele. (Volúvel, não: generosa).

Helê

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