Uma aglomeração de amor

No dia de celebrar Helê, nada melhor que uma aglomeração de fotos aglomeradas. Porque essa mulher é dos muitos: muita gente, muita alegria, tudo muito. Nós somos amigas há quase vinte anos, mas nunca fomos só nós. Sempre estivemos cercadas de gente fina, elegante, sincera.

(Observem que a pessoa é tão agregadora que conseguiu a proeza de me convencer a participar de uma corrida (!!), como prova a foto do topo, à direita.)

Helê, mi sóciamada, que seu dia seja carregado da energia que esses abraços coletivos nos trazem. E que em breve eles voltem a acontecer. Feliz aniversário!

-Monix-

Vilões de novela

Aqui no Brasil estamos tão anestesiados com os absurdos em série do nosso desgoverno que poucas coisas têm causado indignação de verdade. Mas esse caso da Pr*vent Senior é diferente. A cada novo detalhe divulgado, sinto uma reação física, mistura de revolta com choque e vontade de sair correndo.

Nunca pensei que em pleno século 2021 viveríamos para ver experimentos à la Mengele serem tocados às claras, em hospitais brasileiros. Fizeram isso com um médico que era símbolo do negacionismo no Brasil. Ao que tudo indica, o mesmo aconteceu com a mãe do empresário bolsonarista mais conhecido como Véio da Havan.

A Pr*vent transformou os pacientes em cobaias humanas. Em bom português, foi isso. É sério: pausa a leitura deste post, lê essa matéria, assiste os vídeos e depois volta aqui. Eu sei que é horrível e que ninguém aguenta mais notícia ruim, mas a gente precisa saber do que aconteceu. Isso é importante demais.

O que já se descobriu sugere que a ideia era mesmo disseminar o vírus propositalmente, para estimular a fracassada e irresponsável “imunidade de rebanho”. Isso sem falar que mudavam os prontuários, escondendo mortes por Covid dos supostos estudos que foram alardeados para reforçar a “eficácia” (só que não) do tratamento precoce. Tudo possivelmente sob coordenação do tal gabinete paralelo que, já se sabe, passou por cima do Ministério da Saúde em vários momentos da condução da pandemia pelo desgoverno.

Há outros absurdos, como as denúncias de que havia um prazo máximo para os pacientes ficarem na UTI. Depois de certo período de tempo, passavam a receber apenas cuidados paliativos (ou seja, eram considerados doentes terminais). Nunca saberemos se poderiam ter sobrevivido.

Em resumo, é um show de horrores. Crime contra a humanidade é pouco.

***

Uma coisa que me espanta desde aquela famosa reunião ministerial de abril do ano passado é que naquele momento ficou claro o seguinte: esses caras são vilões de novela!

As cenas de vilões de novela/quadrinhos/cinema são sempre muito caricatas, porque os vilões precisam enunciar de forma bem clara e explícita seus planos malignos pro povo entender. Não pode ter sutileza.

O Véio da Havan é um dos melhores representantes desses vilões caricatos que tomaram conta do país

O bolsonarista típico é assim. Ele fala bem claramente: “vamos estimular as pessoas a ficarem doentes”, “deixa as empresas pequenas quebrarem”, “eu tenho ódio de indígena”, etc. É muito surreal.

Eu já presenciei algumas reuniões com empresários, por motivos de trabalho. Existe ali, mesmo em ambientes privados, um discurso muito bem construído que denota preocupação com responsabilidade social, redução de desigualdades e outros temas de impacto para a sociedade.

Com o bolsonarismo não. É na lata mesmo. As intenções perversas são tratadas às claras e a gente que lide com isso.

Quem ainda tá nesse governo em pleno século 2021 não tem desculpa: ou é criminoso, ou é criminoso.

-Monix-

Brasileiro

(Senegambia, sobre foto de Pisco Del Gasio)

(Via Claudio Luiz)

Da série Corações

Helê