Abecedário 2017

  • Autógrafo do Amyr; Atílio (que viajou fora do combinado).
  • Bigorna e Bruno Mars (hot damn!) 
  • Clapton, Cultura Niterói, Curso de Extensão Luís Gama. 
  • Delia Ephron, a “sister writer”.
  • English classes. 
  • Fábrica Behring; Família extensa.
  • Gigoia: descoberta.
  • Heineken. 
  • I try to say goodbye and I choke. 
  • Jr.
  • Luís Melodia, saudade.
  • Mirante da Floresta, café da manhã; Mulheres Rodadas, um bloco família
  • Na Companhia de Jorge – arte e fé.
  • Obama Out, Observatório do Valongo, Omar, bar do. 
  • Piquenique das Fadas Madrinhas, Pinacoteca de São Paulo, Pintei o cabelo. 
  • Quinze anos, quase 50.
  • Rio de Tristeza, Rio em Shamas (oralidade 2.0.) 
  • Send my love to Helena“, disse Idris. Saturno, anéis e livro.
  • Turbante, reapropriação cultural, Turnê Helê. 
  • Uerj resiste (até quando?).
  • Vitor, Vera e Vila Madalena.
  • XIII anos de blogue.
  • Wilson das Neves, perda.
  • Yoga, bônus. 
  • Zero, trilha sonora.

Helê

Definição

mimimi

substantivo masculino

1. reclamação repetitiva sobre alguma coisa que não pode ser alterada – tipo: o calor.

2. em geral quem tem pouca paciência para reclamação, tem NENHUMA para mimimi.

Helê,

da série “Ih, soltei um post!” (transcrita pela Geide).

PS: Como se pode perceber, denúncias de racismo, machismo e discriminação de quaisquer tipo nunca são mimimi porque podem, devem e serão alteradas. #Fightthepower.

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(@Regrann from @refinery29 )

 

Salve Oxum,ora iê iê!

Ninguém representou melhor Oxum nos últimos tempos do que Beyoncé.

Ora iê iê!

Helê

 

Auge

Quando fiz 15 anos, recebi um telegrama de uma tia muito jovem – naquela época telegramas serviam como uma mensagem de “zap” em ocasiões alegres ou tristes – que dizia o seguinte: “15 anos. Auge. Aproveite.”

***

Eu e Helena nos conhecemos por causa das crias. Em vez de “mães da pracinha”, fomos “mães do boteco virtual”, aquele chamado Mothern. Nossos fridinhos eram pequeninos. Acompanhamos o crescimento de uma e de outro – os primeiros passos, as gracinhas, as dancinhas, os aprendizados, as leituras, as palhaçadas, as fantasias, enfim, vimos a infância passar por eles, tornar-se pré-adolescência e, enfim, tranformá-los nos incríveis adolescentes que eles são.

Estão mesmo no auge, de uma certa forma. Porque a potência que atingimos aos 15 anos é algo que não se repete aos 18, nem aos 21, nem muito menos aos 30 ou 40. Saber que a vida toda está à nossa frente, e que podemos fazer o que quisermos dela, é uma sensação que só se tem nessa idade.

Julia e Vítor fizeram 15 anos em 2017, nesta época louca em que cada vez mais nos parece que tudo o que é sólido desmancha no ar. Eles nos enchem de orgulho e esperança – se toda a geração deles tiver seu entusiasmo, sua confiança, sua criatividade, estamos feitos.

Fridas e fridinhos

Nossos fridinhos já não são mais “inhos”…

 

Hoje é dia dessa menina linda que, posso dizer, vi crescer. Como uma de suas fadas-madrinhas, Juju, te desejo todos os dons do mundo. Use-os bem. :)

-Monix-

 

Juju faz 15

Quinze anos minha filha faz hoje. Quinze anos. Um susto – porque afinal passou depressa (como tudo tem que passar, diz o Gil).

No início não era o verbo, era só presença, em geral calma, e logo, alegre. Não lembro direito quando sentou ou engatinhou, mas sei que sorriu aos dois meses – e não parou mais. E então fez-se a luz.

Uma aventura sem fim, essa de tornar-se mãe, pouco a pouco mas profundamente, como se ao invés de trocar de pele fossem crescendo outras camadas internas. Com ela virei adulta definitivamente (ainda que com recaídas).

Um espanto: como foi que surgiu essa pessoa, onde foi que acertei, o que vem de mim e o que não me cabe nem me diz respeito? É certo que esbarramos no pacote de autoestima na preparação e derramamos demais, mas acertamos em outras medidas. Ou tudo é alquimia e mistério? Jamais saberei, nunca desistirei de descobrir.

Uma graça que eu não canso de agradecer. Uma surpresa recheada de surpresas sucessivas que eu gosto de admirar crescendo e virando quem ela deve ser.

A Vera ontem lembrou um trecho do “Grande Sertão: Veredas”: “O menino nasceu e o mundo tornou a recomeçar”. O meu mundo recomeça cada vez que ela sorri pra mim. Há quinze anos.

Pensando bem, no início o verbo era amar, filha – e para você sempre será.

 

 

Que sejam felizes todos os próximos anos da sua vida.

Helê

De amor e símbolos

Velório da mãe de um amigo. Estive com ela poucas vezes; tinha mais de 80 anos, estava doente. Nada que atenue a dor de um filho, mas eu estava firme, com aquela tristeza controlada dos que confortam. Mas quando chegou a bandeira oficial da Portela para cobrir o caixão, eu, mangueirense, chorei.

***

Porque somos feitos disso, amor e símbolos.

 

Helê