Comemoração

Helena, a gente deixou escapar a comemoração do aniversário do blog, mas aparentemente a Tate Modern, em Londres, lembrou. Tô podendo comigo mesma? Hohohoho!
Monix (of course)

Cidadania e ironia*

Ela era prostituta, politizada, militante dos direitos da categoria. Uma puta cidadã (e vice-versa). Por isso, não titubeou quando teve que informar a profissão ao funcionário do cartório:
– Profissional do sexo – ela disse, como quem diz o dia da semana.
O funcionário ouviu, mas achou melhor fingir que não:
– Como?!?
– Profissional do sexo – ela repetiu, com firmeza.
O funcionário, com ar malicioso, pediu confirmação:
– Isso é aquilo que eu estou pensando?…
– Eu não sei o que o senhor está pensando!, ela respondeu, desafiadora.
O funcionário, visivelmente perturbado, foi atrás de um superior. No caso, superiora. A chefa veio até a moça e repetiu a pergunta; a moça repetiu a resposta. A chefa respirou fundo e afinal perguntou:
– Profissional do sexo é …prostituta?
– É, respondeu a profissional, já meio puta (ou mais puta, digamos).
– Ah, bom; – disse a chefa, satisfeita por ter resolvido o impasse. Para logo depois perceber que o problema não estava resolvido:
– Ah, mas isso não consta da relação oficial de ocupações do ministério do trabalho, vamos ter que colocar outra coisa… vamos ver… cabeleireira? – sugeriu a chefa.
– Tá, tá bom. – concordou a puta, resignada.
– Então a senhora também é cabeleireira?, quis saber a chefa, animada por descobrir uma segunda ocupação da moça. Que já irritada com a situação, respondeu:
– Ah, uma coisa eu garanto: faço barba, cabelo e bigode!

Helena Costa
* História verídica

Muda tudo

Para mim:
Geografia carioca do samba, Ed. Casa Amarela
Frida Kahlo, Ed. Taschen
Você e seu filho – na hora do chilique, Publifolha

Para Júlia:
Bruna e a galinha d¿Angola,
Capoeira (Pallas)
A princesa da Lua
Momotaro
O pássaro do poente
Issum Boshi (Contos e lendas do Japão, Maltese)
A história do tatu
A históra do cão
Que medo!
Surpresas
Belinda bailarina (Ática)
Debaixo da minha cama
Brincaliques quase travalínguas (Evoluir)

Resultado da minha primeira bienal pós-parto.

Helena Costa

A Realidade como Subversão

Acho que devemos deixar que vençam. Deixemos que os vilões ganhem as realidades irreais. Se querem televisão, os grandes jornais ou mesmo a web, que os levem. Eles construíram um universo alternativo que tem muito pouca conexão com o que está acontecendo de fato por aqui. E este sonho baseado no mercado, competitivo, realidade enquanto propaganda os engoliu. Eles são vítimas de suas próprias ilusões. Nós não precisamos ser.
Nós podemos assumir a realidade real que eles esqueceram; o mundo em que vivemos. Os jardins e as ruas e os dedos e as línguas. Vamos construir pistas para bicicletas, fazer churrascos, bolar programas para que as crianças freqüentem depois das aulas, arranjar lugares para tocar música e montar grupos de apoio e prevenção de Aids. Eles estão tão ocupados com o monitoramento do que é transmitido em busca de sinais de traição contra o mercado ou contra o Estado que perderam contato com o que está acontecendo entre as pessoas de verdade. Desligue o celular e converse com o cara que está sentado ao seu lado no ônibus. É a coisa mais subversiva que pode fazer.

Tem mais aqui. A indicação e a tradução foram do Pedro Doria.

– Monix –

Jason vem aí, cuidado!

Jornal Hoje disse que uns americanos sem nada melhor que fazer pesquisaram muito e descobriram que o medo da sexta-feira 13 pode provocar problemas cardíacos. hohohoho.

Update: Cláudio Luiz assistiu o JH e informa: 20 milhões de americanos sofrem da síndrome da sexta-feira 13.
Update again: a reportagem já está disponível no site do JH.

– Monix –

Pequenos e poderosos

Você conhece os pequenos e poderosos, não conhece? Tem aqueles que usam do pequeno poder para dificultar sua vida, só porque podem. Tem outros: são os que não crescem, não aparecem, mas conseguem emperrar projetos com um simples “não sei, acho que não é por aí…” Misteriosamente, o projeto pára. Ou muda de rumo. Geralmente para pior.

Eu tenho problemas com esse tipo de gente. Me irrito profundamente. Mesmo.
Então, a partir de hoje, só porque no meu pensamento quem manda sou eu, os pequenos e poderosos passarão a ser conhecidos, nem que só por mim e pelos amigos que ainda lêem este blog-copy-paste, como os SAVE-UMS.

– Monix –

Kiriku

Gente, daqui a pouco a Petita vai querer particpação nos lucros. Mas não deu pra resistir!

Vocês conhecem esse filme infantil?
Já estou comprando o meu.

– Monix –

Com a palavra, Petita

Gente, sou só eu ou tem alguém mais que ache estranho, muito estranho, a polícia, em princípio a principal “law-enforcer”, carregar bandido sentado em mala de carro, sem cinto, desobedecendo a toda e qualquer norma do DETRAN?!?!?
Pode ser por eu ser portuguesa, mas se o objetivo é humilhar, diminuir, não haveria maneira de fazê-lo sem ir contra a lei? (se é que isso já não é contra a lei, mas isso são outros quinhentos)… E se o objetivo não for esse, por que não colocar o ser humano, por mais bandido que seja, sentadinho no banco de trás, obedecendo à lei do trânsito, e não como bagagem, que não é? Até porque mala nem sempre é bagagem, como tão bem sabemos…
Isto já sem falar na proibição de andar com o braço pra fora do carro, coisa que não se aplica ao agente da lei, que não só bota o braço como também bota a extensão do braço (do braço? do pinto?) – fuzis, canhões, metralhadoras – arejando do lado de fora da viatura.
Se não for pra entender, podem me mandar calar a boca.
:)

Monix, abrindo a caixa de entrada para comentários