18 anos juntas

O Dufas já pode tirar carteira

Sim, gente, nós contamos nos dedos (enquanto cabe!) e recontamos, e hoje completamos dezoito anos de blogueiragem (blogagem, bloguices?) Cês têm noção? Porque a gente não tinha, quando embarcou nessa, de quanto duraríamos e até onde iríamos. E continuamos sem ter, porque pra nós sempre importou mais a viagem e os companheiros de trajeto que propriamente o destino. Na verdade, a gente nunca quis chegar a algum lugar, mas seguir navegando, porque a gente sabe que é preciso. E registrando pelo caminho, que a palavra é o nosso (ganha) pão e pedra, é o que nos alimenta e funda, em meio às intempéries da vida.

18 fucking anos emitindo opiniões nunca-solicitadas (mas quase sempre bem-recebidas), dezoito anos fazendo amigos e influenciando pessoas, prestando atenção em cores que a gente não sabe o nome, organizando o movimento e orientando o carnaval, levantando, sacodindo a poeira e dando a volta por cima.

Talvez a gente não tenha sido totalmente honesta quando disse que não queria chegar a lugar nenhum: a gente sempre quis, e ainda deseja intensamente, chegar até você, leitora; encontrar você, leitor. Isso sempre foi o nosso maior prazer: conhecer gente, criar pontes, abolir muros e promover cirandas – reais, virtuais, possíveis, afetuosas, solidárias, democráticas. Ciranda, claro, que a gente é de Humanas como muito orgulho com muito amor. Então a gente agradece mais uma vez a você que está lendo este post nesse momento. Muito obrigada, de coração. Enquanto pousar um par de olhos sobre nós, aqui estaremos.
E se quiserem aproveitar para deixar um parabéns, um olá ou o que mais quiser nos comentários, essa é a chance perfeita!

As Duas Fridas, agora na maioridade :-D

Pastilhas Garota – edição Infinitena

O tempo do apartamento é tão fugaz (…)
me dá tua mão mascarada me leva daqui/ prum tempo que for qualquer tempo que for pra fora desse apartamento/que o tempo aprisionou

Foi totalmente por acaso, procurando um som pra me acompanhar no home office, que descobri o novo álbum do Marcos Sacramento, chamado “Crônicas do apartamento 20“. Deduzi que tratava-se de canções da pademia, sons da quatentena, e era exatamente isso. Sacramento fala de um tempo que não é mais tempo, que não sobra mais, de estradas sem caminhões e brisas sem aviões. Tempos duríssimos.

Estou tão só e demora esta solidão sobrehumana
Tão só, tão só que mesmo os gatos de casa/ mesmo deles emana
um torpor exageradamente solitário

Eu costumava ter certa desconfiança com obras artísticas que cujo tema fosse algo muito próximo. Quando vi, por exemplo, a Netflix anunciando uma série chamada “Distanciamento social“, torci o nariz. Achava que não é possível retratar tão bem algo sem alguma distância do que está em foco. Mas a curiosidade foi maior que o pré-concebido, e tive uma surpresa agradável e positiva com a série.

Os episódios são independentes, praticamente pequenos curtas e, como pode acontecer nesses casos, a qualidade varia entre eles. Mas de um modo geral, vale a pena assistir. Há algumas atuações excelentes, tramas ora divertidas, ora realmente dramáticas, e a sensação persistente de familiaridade. Quase todos nós vivenciamos em algum grau uma (ou muitas) daquelas situações. O pai que tem que cuidar da filha enquanto a mãe enfrenta a Covid isolada no quarto, a cerimônia funeral on line, adolescentes paquerando via web.

Distanciamento Social | Site Oficial Netflix

A familiaridade incomoda em vários momentos, pode ser reconfortante em outros; o fato é que não ficamos alheios à tela: também é mais difícil assistir se estamos envolvidos no enredo.   

A noite está parada, abalada, abalda parou.
A noite está fechada.
A vida foi travada
tudo é anormal

As crônicas cantadas de Sacramento despertam sentimentos semelhantes. Da varanda de seu apartamento em Santa Teresa, com um vista privilegiada e ampla do Centro do Rio, ele registra silêncios e sinais, angústias, reflexões, lembranças e desejos de alguém acostumado ao palco e à experiência coletiva da música obrigado a se isolar. Impossível não se identificar em vários momentos e versos. E, como todos já descobrimos, nem só de tristeza e melancolia se vive  uma pandemia. São vários os ritmos visitados por Sacramento, e é um samba (sempre ele!) que carrega os versos mais luminosos e esperançosos. Lembrando ser “um samba que já nasce em sacrifício – pois o vício de sambar é ancestral”, manda o recado, papo reto:

Gritam nebulosas do espaço
que a vida é infinta, que ela vai continuar!

Procurando as letras das canções para escrever o post, emcontrei o site do cantor e compositor e lá soube que ele fez também uam álbum visual, disponível no YouTube. Igualmente instigante, inteligente e bem feito. Marcos Sacramento fez uma margarita ótima desse limão azedíssimo que estamos tomando forçosamente há mais de um ano. Vale muito a pena provar.

***

Uma outra iniciativa que é cria  direta da pands é o Museu do Isolamento, perfil no Instagram que publica trabalhos artísticos que abordam…isso tudo que tá aí. Tem humor, crítica, raiva, bom gosto, de tudo um pouco, e quase tudo muito intereressante, criativo e…familiar. De novo uma sensação de conexão com o outro que eu não sei quem é mas que está vivendo coisas muito intensas e parecidas. Também acho que vale a visita. 

Arte feita por Carol Yokota, para ver mais acesse @carolyart #museudoisolamento

Arte feita por Cecile Mendonça, para ver mais acesse @picortes_ 

Arte feita por Helena de Paula e Gabriela Bosco, para ver mais acesse @matracanossa #museudoisolamento

***

E, desviando da minha propria pauta, a auto indisciplinada aqui tem mais duas dicas imperdíveis que surgiram durante a pandemia, sem ter compromisso com ela. O meu amigo Erasmo Car, não, péra. Meu amigo Renato Hermsdorff colocou no ar o The Renato Herms Show, um canal do YouTube  em que ele reparte seu vasto conhecimento e comprovada experiência de jornalismo especializado em audiovisual e  oferece informações, comentários e críticas sobre filmes, séries e quetais. Inteligência, conhecimento, humor e (por que não?) beleza te esperam no TRHS; confira. 

E a ideia esperta (e necessária) de falar com mulheres da minha Faixa Etária de Gaza, isto é, ao redor dos 50 anos, também com inteligência, leveza e acuidade não podia esperar a pandemia passar. Então a minha amiga Tina Lopes lançou o  @Fifitinah, saboroso já no título, que tem trazido informações relevantes, para além do coach (cruzcredo!) e demais obviedades rasas e promovendo lives que parecem bate papos no bar com as amigas – ou seja, algo muito mais legal que live. Novinhas e homens são aceitos e bem-vindos –  mas esqueçam os privilégios, por favor. Por enquatdo é um perfil no insta, mas se você vacilar a Tina Cérebro vai dominar o mundo! Eu, Pink, torço por isso.

Helê

Dezessete anos hoje

No Instagram da Monix e da Helê

Helê

Feliz aniversário pra nós!

E para celebrar nós vamos seguir o fluxo quarenter e…fazer uma live!
Passa lá no perfil da Helê ou da Monix e prove que vocês são muitos mais dos que os comentários fazem crer!

Nos vemos lá!

As Duas Fridas

Beth S.

Nos últimos dias minhas redes ficaram repletas de homenagens à queridíssima Beth Salgueiro, que depois de meses dolorosos e difíceis, cantou pra subir no sábado. Uso a expressão com carinho e reverência: sabendo que ela respeitava todas as crenças, sei que não se importaria. Além do mais, me parece adequado utilizar uma metáfora musical e mística para falar da morte de alguém como ela, toda sons e luz.

Nos aproximamos, lembro bem, em um post meu falando sobre o show da Adriana Partimpim, em 2005. A música era uma paixão em comum, e Beth tinha larga experiência na área, tendo trabalhado com importantes nomes da MPB por muitos anos. Zelosa da privacidade alheia, liberava apenas uns nacos de um acervo que suponho riquíssimo de histórias e vivências.

Imagem que ilustrava o post original sobre o show da Partimpim

Também compartilhávamos belezas outras: fotos, ilustrações, pinturas. Neste período de convivência digital, acompanhamos as mudanças das nossas vidas – perdas, conquistas, evoluções, angústias, derrotas e vitórias. Às vezes mais próximas, outras nem tanto – como em qualquer amizade offline. Nos vimos uma única vez, num aniversário do Duas Fridas em que ela foi um dos poucos e seletos convidados. Mas ter estado pouco com ela não diminuiu a sensação de perda e a tristeza pela sua partida. Beth era, e continuará sendo, uma presença suave e marcante, como um perfume bom e raro.

Somos da mesma geração da internet. Chegamos mais ou menos na mesma época – quando isso aqui tudo era mato – ; pegamos a fase de popularidade dos blogues, vimos surgir as redes sociais, os memes, o Skype (por onde ela falava com os netos), o WhatsApp… Ela fazia parte dessa turma intrépida e destemida que se jogou no ciberespaço sem manual, aprendendo a mexer mexendo e criando maneiras de ser e estar na internet. Pintamos e bordamos, desbravamos territórios e fizemos amigos – dos quais agora nos despedimos aqui também, em lembranças, homenagens, lamento.

Beth Salgueiro, cujo sobrenome os cariocas associam ao samba e ao carnaval, nos deixou no começo da quaresma, depois da farra mas quando havia ainda um batuque aqui e um chocalho ali, pra gente não entristecer de vez. Sempre muito sabida, a Beth partiu num 29 de fevereiro que é pra gente sofrer só de quatro em quatro anos – e ser feliz sempre que lembrar da graça de ter convivido com ela.

A gente segue meio Piu Piu sem Frajola assim sem você, Beth – mas segue, resistindo com amor, humor e arte, como você faria. Obrigada por tudo, querida.

Helê

2019 via twitter

Em 2019, minha rede social de preferência passou a ser o Twitter. É lá que vou todos os dias, onde me informo, me divirto, aprendo, encontro os os melhores memes, descubro coisas realmente novas. Não sei explicar exatamente porque no ano passado e não antes. Sempre estive lá – abri conta em 2009, mesmo ano que abri a do Facebook. Achava bacana um tuíte ou outro, mas não consegui me estabelecer.

Sabe-se lá porque, no ano passado deu liga e eu finalmente pude chamar o tuíter de meu. Apesar dos incontornáveis anúncios e influencers, de algum modo a plataforma conseguiu preservar uma identidade; tem uma gramática, sintaxe e humor próprios, que é preciso um tempo de uso para dominar. É lugar de treta e de um ódio mais intenso, mas também de alcance fulminante para boas causas. Para mim, tem um atrativo insuperável, que é a possibilidade de encontrar gente/coisa novas apesar do algoritmo – é a bolha, mas por lá a banda parece mais larga. Não foi pra falar com outras pessoas que a gente inventou a internet?

O FB virou aquele almoço de domingo em você encontra todo mundo que não quer ou não precisa encontrar. O Instagram funciona pra mim como álbum de fotos, meu e dos amigos – onde as marcas tentam te sequestrar, entre uma foto e outra. Daí me restou o tuinto, que eu mantenho bem fechado. Nunca hitei , mas em compensação tenho lá um espaço de relativa liberdade, semiclandestino.

Recolhi algumas pérolas ao longo do tempo que serviriam para uma retrospectiva se não fosse ridículo fazer isso a essa altura de janeiro… Por outro lado, ainda vigora aqui a máxima do calabocajámorreuquemmandanomeubloguesoueu; então vai hoje mesmo um bestófi da minha vida tuiteira recente:

Descobri que tava idosa quando soube que o David que saiu do dentista doidão entrou pra facul:

Sobre o Everest: não aprenderam nada depois de 1996:

Guardei essa pra ajudar nos dias difíceis:

https://twitter.com/cintttix/status/1098349864595931136?s=08

Um dos momentos mais emocionantes do ano:

Categoria nova na adedanha:

Meu reveillon nos últimos anos:

https://twitter.com/naosejavagaba/status/1209939493186351106

Humor tipicamente tuíter:

Quando você precisa ser firme nas suas intervenções:

https://twitter.com/chelseabazz/status/1131274634907619328?s=08

A piada de internet pra quem é de internet

A piada pronta que a gente ri mesmo assim:

Categoria vídeo fofo

https://twitter.com/chadloder/status/1177083608885952512?s=08

Aquele tuite que resume 2019

 E essa verdadeira filosofia de vida

Helê

Pegadas digitais

Vocês me dão licença para um breve jabá?

Estou muito feliz e muito orgulhosa com um projeto novo de trabalho, que estou lançando (e ainda esperando render os primeiros frutos) junto com duas amigas, também jornalistas, uma delas também psicopedagoga. É um projeto que tem um nome sonoro: Ecoar Educação para Mídias. E esse nome tem um significado sonoro também, porque o que queremos é ressoar a informação de qualidade, nesse mundão da desinformação em que hoje precisamos aprender a navegar.

Convido vocês a seguirem nossa página no Medium; é lá que vamos postar nossas percepções sobre o que compõe esse chamado “ecossistema da desinformação”, e nossas ideias sobre o que cada um de nós pode fazer para, se não pudermos ajudar, pelo menos não atrapalhar.

código-fonte

Tudo o que fazemos na internet deixa rastros…

Hoje postei um texto sobre uma palestra que assisti na PUC aqui do Rio sobre como as nossas pegadas digitais – e o uso que é feito delas – podem estar modificando a forma como entendemos a democracia. Dá uma olhada. Posso dizer sem medo da imodéstia que está valendo a pena, porque, afinal, quem disse essas coisas sabidas não fui eu – foi a professora Caitlin Mulholland, do Departamento de Direito, que deu a palestra.

Confere lá que tá bacana.

-Monix-

Entendedores entenderão

– Duas Fridas –

Apenas parem

Gente, 2016 tem muitos motivos para ser considerado uma merda monumental mas, pô, pessoas morrem todos os anos, e aos 90 não chega a ser exatamente uma surpresa, né? Quem quiser pedir pra descer, pedir pro mundo acabar, chamar o meteoro, ok. Acho que a piada já deu mas quem sou eu? Sei que eu quero continuar; agora que eu tô aqui quero ver como termina essa p*rra. Como cantou o Chico, que sabe das coisas: “Façam muitas manhãs que se o mundo acabar eu ainda não fui feliz” – não o suficiente. 2016 teve uma larga cota de desastres e tragédias, queira deus que já tenha se esgotado (não olhe agora, mais ainda tem ano pela frente). Mas não coloquem a morte de Fidel nesta conta – ou a da maravilhosa Sharon Jones, que eu amava, ou a do Cohen, que eu mal conhecia. Morrer não é uma das misérias do ano, e sim da vida.
E ainda assim há controvérsias.
Apenas parem.
1480139571_674437_1480157407_portada_normal
Ao comandante, todo o meu respeito. Meu carinho e admiração para Sharon, que foi cedo demais, e sobre que nem consigo escrever, só ouvir e admirar.
130603-sharon-jones-e1384191028326
Helê

O presente e seus desafios

No celular tento digitar com os dedões porque a adolescente me explicou que de outro modo “é como faz o pessoal da sua idade”. Nenhum problema com esse pessoal, que é o meu, mas she’s gotta a point, faz mais sentido e é até mais confortável, tenta só pra ver. Provavelmente vai acarretar uma nova L.E.R.,  uma -ite digital,  mas vem no combo novas tecnologias /possibilidades/doenças também; paciência. Não é isso que me incomoda. Desagrada-me o fim da privacidade, ou por outra, a sua atual indefinição e fluidez. E não é só da minha que falo, é também a do outro.

Entrei num táxi uma vez onde o motorista participava de uma espécie de chat oral on line: rolava uma animada conversa com mais duas ou três pessoas pelo auto-falante do celular, nem sei que aplicativo eles usavam. Só sei que fui da Tijuca até a Gamboa ouvindo um papo animado sobre religião, mulheres em geral e mulheres da zona sul em particular (!) que me constrangeu bastante. Nem havia nada de picante ou impróprio, mas era uma conversa da qual eu não pedi para participar e fui incluída à revelia. Quase pedi pra descer me desculpando por incomodar. Na sala de espera de um consultório escutei o áudio em que a menina dizia ao rapaz: “Sinceramente, eu esperava mais de você”.  Tipo de coisa que desperta infinitas possibilidades de interpretação na minha mente zombeteira, e ainda me exige esforço e compenetração para não emitir uma opinião técnica, tipo, “Da próxima vez faz assim…”. E as pessoas que falam no celular no ônibus como se estivessem em casa, completamente à vontade? Eu morro de vergonha, seja qual for o teor da conversa; apenas porque eu não deveria e nem queria estar ouvindo aquilo.

**

Em 1998 eu escrevi uma tese (não dorme, péra) com o título “Luis Fernando Veríssimo. O humor entre o público e o privado”. A única coisa que permanece com contornos definidos é o Veríssimo (Graças a deus!). Escrevi algo que em menos de 20 anos ficou obsoleto. Diz aí você, o que é uma coisa e outra, público e privado ? O Veríssimo, ok, é meu rei; meu pastor e nada me faltará.

**

774f87a7562a926c1b692427478893a9

Um dos maiores desafios da atualidade: pegar o celular para fazer algo – uma das 73 coisas que você pode fazer com ele, além de telefonar –, e fazer. Porque esse potente microcomputador portátil também funciona como sumidouro, alçapão, armadilha: você vai, sei lá, procurar um número de telefone,  e de repente está curtindo uma foto do seu amigo no aniversário da mãe dele, no Instagram. Que merece, aquela fofa da D. Alzira –  mas como é mesmo que eu vim parar aqui? Culpa das notificações e avisos, sem os quais a gente não daria conta de saber o que se passa enquanto a gente não está olhando para a telinha. Mas que exigem determinação monástica, concentração zen-budista e força de vontade religiosa para que a gente apenas procure aquele número que buscava quando pegou o celular. Claro que o mesmo acontece no computador (eu vivo me perdendo entre abas e janelas), mas o <ler com sotaque português>telemóvel<fim do sotaque>, como dizem os primos, tornou tudo mais crítico,  colocando essas armas de distração em massa  no nosso bolso (ou bolsas). As definições de transtorno de atenção precisam ser atualizadas – assim como as de educação e etiqueta.

**

Entre apocalíticos e integrados eu sempre pendi para os segundos, desde o tempo em que essa distinção fazia sentido e era ensinada nas faculdades de jornalismo, na Idade Média. Não acho que o problema seja o celular, a coisa em si, ou mesmo a tecnologia que a sustenta. Acho que o mal é o que sai da boca do homem, fecho com a bíblia nisso aí. Trata-se apenas de observações sobre um mundo que muda mais rápido que eu achava capaz. Não me entendam mal, nem me considerem uma velha rabugenta. Contra a rabugice lutarei sempre; da velhice finjo que não gosto, mas tô tentando fazer amizade.

Helê

Imagem daqui.