Patrick me ganhou na primeira piada, sobre a noite dos mais brancos, digo, mais brilhantes. Tá, as piadas incômodas são praxe, mas para abrir a noite assim tem que ter…eu ia dizer balls mas não, tem que ter coragem nível Tina Fey e Amy Poehler. Não senti falta da Ellen.
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Aliás, é engraçado isso, como Oscar é tão careta e coreografado que tem espaço inclusive pra rebeldia. Que perde a força dentro dessa liberalidade consentida.
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Mas dane-se, a gente gosta assim mesmo. Eu pelo menos, me comovo e tudo. Patrícia Medium Arquette me rancou uma lágrima quando falou de “each women who had gave birth”. E que mãe memorável ela viveu em ”Boyhood”! (Pra mim, baideuei, um grande injustiçado da noite).
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Birdman? Não vi, não verei. Iñárritu: sou contra.
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Depois da minorias políticas, étnicas e sociais, esse foi o ano das minorias médicas.
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E Lupita tra-ba-lha-da nas pérolas? Queria ser ela quando crescesse, mas como já cresci pode me chamar de Viola Davis.
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Uma noite de maridos devotados: J.K. Simons (BFF: Betty Faria Fácil, muito antes do Oscar), antes de dar sermão nos meninu dele e do mundo, fez uma declaração emocionada para a mulher. E o marido leeendo de Julianne Moore lacrou só com a cara de besta com a qual ele olhava pra ela, fora as gentilezas.
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Geral pagando pau pra Lady Gaga porque ela…canta bem. Ah, para.
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“Há mais homens negros sob o controle corretivo hoje do que sob a escravatura em 1850”. John Legend. A melhor frase numa noite de discursos inspiradíssimos.
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Surpreendentemente, o discurso de Legend foi mais contundente e melhor que o de Common. Aliás, um belo exemplo de diferentes (e igualmente importantes) falas sobe o racismo: uma mais conciliadora, unindo todas as minorias mais ou menos no mesmo saco; outra desafiadora e franca, botando o dedo na ferida. Arrisco dizer que ontem Common foi Dr. King, Legend foi Malcom.
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Mas Juliane Redhead Moore agradecendo os 5 anos a mais para curtir o marido mais jovem também foi memorável.
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Seu Oscar é issoaê, essa (nem sempre) divertida mistura de politics and vanity. Às vezes até emoção. Tipo o Facebook.
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A propósito: Oscar no Face é hora do recreio, no What’s up é ficar com grupinho no fundão. Não perdi nenhum dos dois, mas advinha onde eu me diverti mais…
Helê
*Porque Drops, só a Fal.
Filed under: Na Tela Grande | Tagged: cinéfilo, cinema, Oscar, Oscar 2015 |
[…] “Pode me chamar de Viola Davis“, eu disse aqui neste blogue, no post sobre o Oscar deste ano. Lembrei disso ontem com um orgulho danado depois de assistir a esse vídeo que me comoveu até a raiz dos cabelos. Um discurso absolutamente irretocável, desde o olhar dela para a plateia antes de falar até os aplausos emocionados das sisters ao final. Difícil destacar um trecho; fosse um livro meu seria um grande parágrafo sublinhado com exclamações nas margens. Ele é perfeito inclusive como peça de comunicação: tem a duração ideal, começa de maneira inesperada, possui a medida certa de emoção e racionalidade. Para ver e rever muitas vezes. Viola me represeta. […]
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Viola Davis…. E não é que parece mesmo um pouquinho? E, como diria o Boca Livre, quem tem a Viola pra se acompanhar, não vive sozinho nem pode penar!
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Ok, ok, vou achar que pareço pra você não perder o trocadilho, Chris.
Bom ver você por aqui,
Beijo,
H.
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Adorei o post! E concordo super que o Oscar é totalmente ensaiado e careta, mas fazer oq? Não tem como não assistir hahahah
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Obrigada, Amanda, volte sempre – a casa é nossa.
Aquele Abraço,
Helê
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se fosse feissy – clicava no curti
no zapzap vou enviar msg dizendo – aharazou.
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Obrigada, querido. Beijoca estalada,
H.
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