Dê a preferência ao pedestre

Comecei a dirigir tardiamente. Quer dizer, fiz auto escola mais ou menos na época que todo mundo faz, mas deixei a carteira de motorista (vencida) na gaveta por muitos e muitos anos. Só fui tomar coragem e rumo na vida quando meu filho tinha um ano. Começou a me fazer falta a autonomia que só o carro dá. Dirigir, portanto, foi para mim uma decisão pensada, e não algo que fiz porque todo mundo estava fazendo e tal.

Por isso, da mesma forma que decidi começar a dirigir, estou decidindo agora parar de dirigir  – quer dizer, não vou desaprender, né, mas optei por não ter mais carro nessa cidade que depende fortemente do transporte individual.

placa pedestre

Respeite o pedestre!

Não foi difícil chegar à conclusão de que abrir mão do carro era a decisão mais lógica. Financeiramente, o automóvel não costuma ser a melhor opção, especialmente para alguém que trabalha em casa e não tem garagem (como eu).

Mas, como eu disse, ter um carro para mim foi uma conquista de um momento em que precisava de autonomia. Este que tenho hoje, particularmente, significava ainda mais que isso: foi o primeiro “zero” que comprei sozinha, com meu dinheiro, sem ajuda de ninguém nem para pagar nem para escolher.

Daí que entre decidir vender e tomar coragem para anunciá-lo demorei seis meses. Metade do ano ruminando uma decisão tomada, tem como ser mais taurina do que isso?

Bom, agora vai. Estou anunciando o carro e espero vender em breve, porque agora o seguro venceu e já não vou mesmo usá-lo mais. Estou me sentindo mais leve e ao mesmo tempo menos livre. Mas tenho certeza de que vou me adaptar. E agora me respeitem porque sou (de novo) pedestre. :)

-Monix-

 

5 Respostas

  1. […] já faz um tempo que estou usuária de transporte público – pago, mas enfim, coletivo. Quase dá vontade de frequentar o SUS e fazer esse mesmo caminho na […]

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  2. benvinda ao meu mundo…
    tambem tenho carteira e nunca tive carro meu, por varias razões.
    no rio sempre achei que dava pra se virar muito bem com os transportes coletivos, pra mim sempre foi ok.
    mas agora em brasilia é mais complicado.
    como estou absolutamente decidida a ter uma vida mais frugal e com pouco consumo, estou na lista das variadas caronas que pintam por aqui nessa area rural.
    tamos indo… vamos ver…
    beijoca.

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  3. Boa sorte, beibe. Eu tb tirei carteira na mesma época q todo mundo. Aí tive um carro q foi roubado antes q eu aprendesse a dirigir de verdade. E nunca mais tive outro.
    Então te digo: dá pra.
    Meu problema, atualmente, são as bicicletas na calçada. As ciclovias na calçada. A falta de respeito pelos pedestres.
    Tô pensando em escrever s isso….

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  4. Boa sorte, guria… corajosa o suficiente para fazer e refazer decisões quantas vezes tiver vontade… essa sim é a única e verdadeira autonomia… bjs

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  5. do alto dos meus 43 anos como pedestre (tá, menos uns 4 em que tive um carro mesmo sem dirigi-lo), a maior parte deles nesta mesma cidade, digo que é viável – e que euzinha sempre me achei mais livre e autônoma sem o carro do que com um.

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