Manifesto comentário

Não sei exatamente como se faz um manifesto, mas gostei do título. A ideia veio depois que eu vi o síndico, o Alex Castro, dizer em algum lugar que blogue sem comentário não tem razão de ser.  E quando ele concorda com alguma coisa que eu penso eu me acho muito inteligente.

Espantei-me com uma leitora que disse “achei tão bonitinho vcs dizendo que gostam de comentários que resolvi escrever”. Reloou?! É só por isso que a gente escreve –  não é mesmo, sócia? Nós já dissemos isso aqui em várias ocasiões, mas convém lembrar: escrevemos para ser lidas e comentadas.

Parece egolatria, e é e um pouco, mas o que você esperava de alguém que se propõe a subir num caixote e falar o que vem à cabeça, aka alguém que tem um blogue? No entanto, é menos raso que isso, porque a gente comenta ideias, conceitos, desejos, mil coisas mais importantes que nós e nossos eguinhos, coitados. Comentar –  ou deixar pegadas, como convencionamos aqui –  significa pegar seu lugar no caixote, se expor um bocadinho e se colocar disponível, aberto para a troca. Não deixa de ser um gesto generoso não apenas conosco, mas com todos os eventuais leitores da nossa amada nanoaudiência.

A diminuição de comentários não é exclusividade do Dufas. Dona Moquinis já observou com a costumeira acuidade: são as novas mídias, que amplificam o alcance ao mesmo tempo em que pulverizam a interação. Não há muito a fazer a não ser tentar usá-las a nosso favor e recolher as impressões dispersas pelaí. Mas como tenho essa carência timaia de retorno,  lembrarei sempre que nesta casa, que é nossa, as pegadas são sempre muito bem-vindas.

Helê

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6 Respostas

  1. Comentário para expurgar a culpa…Acabo sempre achando que o meu comentário não é tão relevante!

    Luciana, esse é um argumento de alguns leitores e eu entendo. Também penso o mesmo às vezes, pois tb sou comentadora nos outros blogues. E há, claro, comentários brilhantes, inspirados, lacônicos, divertidos, comoventes, superficiais. Mas, para mim, relevantes são todos, mesmo. Na dúvida, comente ;-)
    Beijo,
    Helê

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  2. Não acho que vocês deixam apenas pegadas…deixam marcas também. Beijos!

    Espero deixar “the good ones”, Gei. E fica sempre mais divertido quando há troca.
    Beijoca,
    Helê

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  3. Os comentários realmente foram pulverizados e, ao mesmo tempo, restringidos: se antes, as pessoas comentavam no blog, para todos e sobretudo, para o blogueiro, hoje, comentam em suas redes fechadas e o blogueiro fica sem saber se foi comentado, se não foi, e sem ter o feedback.

    Eu particularmente não sou mto de comentar. Mas pq sou muito cricri: só comento quando creio que tenho algo relevante para ponderar, elogiar, complementar… Do contrário leio, curto, mas não comento, pra não cair na mesmice e não pentelhar a vida do blogueiro. Leio o Dufas quase q diariamente e tantos outros (Alex Castro, MaryW, EscrevaLolaEscreva, 365 nuncas etc etc) e em todos meus comentários são quase inexistentes.

    Mas te entendo, Helê. E te apóio, hehehe. Mesmo não sendo lá a mais assídua nos comentários.

    Hahaha, ainda bem que no final vc disse que entendia, Lê….Aqui, só o que não faz sentido, pelo menos para mim, é a ideia que um comentário vai incomodar o blogueiro, that’s what’s about!
    Beijo,
    Helê

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  4. Helê, eu também me sintia muito frustrada com a ausência de comentários no http://caipirinhasociety.com. As estatísticas acusam milhares de downloads diários do nosso programa, mas o povo muito raramente deixa pegadas no site. O que não quer dizer que não desejem interagir conosco: compartilham o link, pedem amizade no Facebook, entram no grupo, curtem a página, mandam email, fazem doações, nos procuram no mundo offline. Logo, a interrogação: se estão tão cheios de amor pra dar, por que nunca respondem a nossos apelos por comentários? Acredite, sou a rainha dos manifestos.

    Ocorre que a maioria dos sites exige alguma forma de login, e todo login requer, no mínimo, que você deixe um email, quando não que você crie mais um perfil em mais uma plataforma, ou algum incoveniente do gênero. Pra escrever essas palavras, acabo de ser forçada a autorizar o WordPress a acessar meus dados, os dos meus amigos, e a me mandar email: condição sine qua non para me conectar via Facebook (o que me pareceu mais rápido).

    Concluo que é isso o que desanima o povo. Não é culpa sua ou minha: plataformas gratuitas como o Blogger, o WordPress, o PodOmatic ganham dinheiro assim, colhendo e armazenando dados de quem visita, comenta. Dizem que não vendem pra ninguém, mas tenho cá as minhas dúvidas. Em época de eleição, frente à avalanche de correntes difamatórias safadas que abarrotam minha caixa postal, me pergunto de onde é que aquele bando de fascistóides tira o meu email. Amigos meus, não são. Enfim, todos nós elegemos nossos blogs favoritos e circulamos por lá, mas essa perspectiva dá preguiça na hora de comentar.

    Daí que cansei de insistir. Desapegar é preciso. Dane-se que não deixem comentários. Preferem levar a conversa pra outro lugar – pro Facebook, pro Twitter – então beleza, troquemos ideia por lá. Aviso quando tem programa novo nos sites de relacionamento, o povo visita o http://caipirinhasociety.com, e volta pros sites de relacionamento pra conversar. Funciona pra mim.

    Talvez seja o caso de vocês se renderem também. Criar um perfil Dufas no Facebook e brincarem por lá. Te garanto que um aumento exponencial da interação com a nanoaudiência. Fica a dicae carinhos da fã.

    Kika, querida,
    antes de mais nada, obrigada pelo comentário dedicado e atencioso, verdadeiro artigo de luxo.
    Acho que você levanta um ponto que procede, qualquer coisa que nos tome dê mais trabalho que “curtir” no face tornou-se muito difícil. E sim, de certa forma nós nos rendemos e com prazer, temos conta no tuiter e no face. Mas vez ou outra eu vou mandar essa de novo porque além de brasileira e não desistir nunca :-) , acho que é preciso provocar as pessoas vez por outra, tirá-las da preguiça ou apenas relembrar do quanto importa para nós. E eu entendo que a pessoa venha aqui todo dia, leia, discorde ou concorde, mas não se dê conta de que nós não tomamos conhecimento disso. Helê, a Carentinha da Estrela, de vez em quando vai apitar. Mas agora só no ano que vem, prometo. ;-)
    Beijoca e aquele Abraço,
    Helê

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  5. Queridas Helê e Monix,
    Eu sou uma presença constante aqui, sempre reproduzindo seus post com os devidos créditos em minha modesta pagininha no Facebook mas comentar, mesmo, não comento muito não. Pura pressa. Se ajudar, saiba que, apesar da falta de pegada, me apodero das alegrias, inquietações, percepções, tristezas e com o entusiasmo de vocês com a vida em geral. Tentarei ser mais presente, ok? Bjo grande.,

    Ajuda sim, Judith, e muito; obrigada, viu?
    A casa é nossa de fato, volte sempre. Ah, e temos sede no face tb.
    Beijo grande,
    Helê

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  6. comentário solidário. Pra tentar diminuir essa carência timaiana. Bjs.

    Ôpa, unzinho! Valeu, Lau.
    Bj,
    Helê

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