Faro pra naftalina 2, a missão

Sim, eu tenho faro pra música velha, já conclui. Sou, afinal, uma pessoa do século passado, não há como negar. Eu juro que não procuro, e às vezes acontece realmente sem querer. Uma dessas vezes eu contei no endereço antigo, quando descobri Blind Faith e ‘Can’t find my way home‘. Agora aconteceu de novo: eu estava revendo Prime – conhecido aqui pelo ridículo título de ‘Terapia do amor‘ – e reparei na canção  da cena final. Só desta vez botei reparo na letra sobre a impossibilidade da relação apesar do amor,  dolorida e generosa, de alguém que mesmo ‘with a broken heart‘ deseja o melhor para o outro, deixando-o livre. Lindo, lindo, uma melodia igualmente tocante.  Aí vim pra rede: google daqui, wiki dali, um youtube de lá e descubro que aquela  voz mansa é de uma cantora de 20 poucos anos, Rachel Yamagata. Mas a música, I wish you love,  foi gravada a primeira vez em 1957, e é a versão de uma canção francesa, Que reste-t-il de nos amours?, gravada em 1942 – que aliás, tem uma belissíma versão na voz do João Gilberto.

Agora me diz, tenho ou não tenho faro pra música antiga? (Mesmo sabendo que nada mais atemporal que música, e que o que é bom sempre volta).

I Wish you Love – Rachael Yamagata

Helê

4 Respostas

  1. Quem hoje teria tal desprendimento?
    “My breaking heart and I agree that you and I could never be
    So with my best, my very best, I set you free”
    Na voz do Nat então é um deslumbre!

    É, Isaura, muito desprendimento, e muito amor, não é?
    Nossa, como eu amo essa canção.
    beijo, bom te encontrar aqui,
    Helê

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  2. Pois é, querida, como somos dois seres do século passado nada incomoda em revelar que eu já conhecia. Nat King Cole já cantava com aquele vozeirão de veludo. A filha Natalie tbm dá show quando canta a dita cuja. E a letra revela uma generosidade quase que absurda. Delícia!
    Besos!!!!

    Num é minino? Uma coisa! Acho que dá bem a medida de um amor a maneira como as pessoas se separam. Com esse tanto de respeito, e porque não?, de amor, a gente imagina que foi uma grande história de amor, né? Aiai…
    bj, Helê

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  3. Então somos duas. Falar nisso, não sei se você já conhece, mas se não, tenta achar (e se gostar, me conta !) “Peel me a grape” – não sei de quem é, mas é velhinha e tem montes de versões, inclusive com a Diana Krall (mas a minha preferida é com a Blossom Dearie). Letrinha tolinha, mas divertida, sobre como ser mimada e paparicada no último grau. De-lí-cia !!

    ;o)

    Vou procurar e te falo, Cyn!
    Beijo grande,
    Helê

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  4. Pois [e (pausa. Eu nao sei o que esta acontecendo com esta mrda de computador que eu tento botar um acento agudo na letra E, mas aparece esta porcaria de sinal que originou esta pausa, que merda!), continuando, pois e, acho que o faro nao e pra musica velha, mas pra musica boa, e penso que nao que o que seja bom sempre volte mas o que e bom fica.
    bjs, Lau.

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